Veneza se empenha na redução de emissões de dióxido de carbono

23 de abril de 2014

Silvia Giacometti, funcionária da diretoria de ambiente do aeroporto italiano, falou com a Revista Embarque.

O aumento da produção de dióxido de carbono (CO2) é um dos problemas que mais preocupam os governos, empresas e organizações ambientais. Consequentemente, as medidas para evitar a excessiva geração deste gás também estão chegando aos aeroportos. O Aeroporto di Venezia – Aeroporto Marco Polo Tessera (VCE), na Itália, por exemplo, tem implantado uma série de medidas para reduzir as emissões de gás e conseguir o certificado: Airport Carbon Accreditation. (fotos: Ana Abril)

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Essa credencial faz parte de um projeto do Conselho Internacional de Aeroportos (ACI) Europe que visa valorizar os “aeroportos mais limpos”. Embora algumas pesquisas recentes assegurem que o CO2 não é a principal causa do efeito estufa, o aumento deste gás nos últimos anos é um fato preocupante.

Um passageiro voando em classe econômica do GRU Airport – Aeroporto Internacional de São Paulo – até o Heathrow Airport, em Londres (9,5 mil quilômetros), gera 650 quilogramas de CO2. A atividade dos aeroportos, por outra parte, também origina grandes quantidades de CO2. Em 2010, por exemplo, todos os aeroportos europeus geraram 108 toneladas de gás carbônico juntos.

Para reduzir a emissão de grandes quantidades de CO2, o VCE conta com um sistema fotovoltaico para a geração de energia que contribui na redução de emissões de CO2 à atmosfera. Em alguns lugares do aeroporto estão instaladas placas informativas que certificam a quantidade de quilowatts economizados a cada hora, o que se traduz em menores quantidades de gás carbônico lançadas na atmosfera.

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Silvia Giacometti, funcionária da diretoria de qualidade, ambiente e segurança do VCE, explicou à Revista Embarque como o aeroporto iniciou o projeto. “Tínhamos que decidir qual seria o nosso alvo na redução de emissões de gás carbônico. Finalmente, consideramos as toneladas de CO2/passageiro, sendo 2011 o nosso ano de referência. Dessa forma, o VCE tem que demonstrar uma contínua melhoria”, explica a funcionária.

Segundo a política ambiental do VCE, o aeroporto se propôs a reduzir em 20% as emissões até o ano 2020. “Entre 2011 e 2012, houve uma redução de 7,37% nas emissões de CO2”, revela Giacometti.

Em 18 de fevereiro desse ano, o VCE recebeu o nível 2 da Airport Carbon Accreditation. Giacometti esclareceu que existem dois focos de aplicação da política de redução de CO2. “Por um lado, existem as emissões de alcance 1, que são as realizadas por todas as instalações e equipamentos de propriedade do aeroporto e, por outro, as emissões de alcance 2 que são as resultantes da geração de energia elétrica, vapor ou calor por outra companhia contratada pelo aeroporto”.

“Dessa forma, o nível 2 consiste na redução de emissões de alcance 1 e 2”, finalizou Giacometti. Sendo que o nível 1 consiste na identificação das emissões de gás carbônico e o nível 3 e 3+ a otimização e neutralização das emissões, respectivamente. Por conta disso, o VCE ainda tem um grande trabalho pela frente.

Ana Abril com informações do Airport watch, da Libertad Digital e da ICAO

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Redação Revista Embarque

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