Aeroporto americano usa Wi-Fi para monitorar passageiros

17 de junho de 2014

O objetivo é reduzir as filas e aumentar os lucros

Cerca da metade dos passageiros de qualquer aeroporto do mundo carregam, no mínimo, um dispositivo com Wi-Fi habilitado, como um smartphone ou uma tablet por exemplo. Aproveitando a expectativa de crescimento do uso de dispositivos com Wi-Fi, o Cincinnati/Northern Kentucky International Airport, no leste dos Estados Unidos, será o primeiro aeroporto do país a usar os dispositivos dos passageiros para monitorá-los e saber qual o local exato em que eles se encontram. (fotos: The Conferencing Zone / Biz Geekly / Soda Head)

A tecnologia está sendo usada, ainda em fase de teste neste primeiro mês, para identificar as áreas congestionadas e evitar filas nas instalações aeroportuárias. A partir de julho, quando o novo sistema estreará oficialmente, os passageiros também se beneficiarão conhecendo a localização do restante de pessoas. Isso porque o aeroporto poderá calcular o tempo exato de espera nos check-ins e controles de segurança. Telas espalhadas pelos terminais serão as responsáveis por comunicar a duração da lentidão.

Biz Geekly

O sistema, criado pela empresa Lockheed Martin, usa os sinais de Wi-Fi e Bluetooth lançados pelos smartphones, laptops e demais dispositivos transportados pelos passageiros. Essa informação é usada pelo aeroporto e pela Administração de Segurança do Transporte (TSA) dos EUA para evitar multidões. O modelo já é usado em 20 aeroportos do mundo, incluindo Amsterdam, Dubai, Genebra, Oslo e Toronto.

Em teoria, o sistema não pode coletar dados que identifiquem o proprietário do dispositivo nem pode revelar outras informações pessoais. Mesmo assim, alguns aeroportos europeus notificam os viajantes que a tecnologia de rastreamento está sendo usada. Porém, no aeroporto de Cincinnati, os funcionários não pretendem avisar aos passageiros porque, segundo eles, o sistema não levanta questões de privacidade.

Soda Head

Interesses comerciais

Até o momento a tecnologia parece funcional, uma que vez beneficia os passageiros, que vão conhecer com mais precisão os tempos de espera, e os aeroportos, que poderão ter mais controle sobre a segurança e se organizar melhor. Porém, existe a possibilidade de que os consórcios comecem a usar o sistema para aumentar sua riqueza.

Isso porque alguns aeroportos também planejam analisar mais de perto os movimentos dos passageiros, coletando dados sobre como usam as opções de varejo e restaurantes. Dessa forma, poderão conhecer quanto tempo as pessoas gastam em cada loja e dirigir suas campanhas de publicidade ao aumento do consumo. Martin Bowman, diretor de aeroportos globais da Lockheed Martin, prevê que cerca de 50 aeroportos dos Estados Unidos estarão interessados na nova tecnologia.

Ana Abril com informações do Digital Journal e do Cincinnati Business Courier

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Redação Revista Embarque

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