Especialista destaca iniciativas para combater COVID-19 nos aeroportos

Os passageiros terão que aceitar essa nova normalidade e se adaptar a uma nova maneira de viajar

18 de julho de 2020

A indústria da aviação no Brasil e no mundo foi altamente afetada pelo novo coronavírus, com redução de voos e fechamento de fronteiras, mas muitas medidas foram e serão tomadas para garantir o reinício total do tráfego aéreo. (Foto: Cristiane Macari – sanitização no Aeroporto Internacional de Florianópolis)

Para o especialista em Segurança de Voo e Diretor de Cybersecurity da Crowe, Fernando Flauto,  os passageiros terão que aceitar essa nova normalidade e se adaptar a uma nova maneira de viajar.

“Mas se você olhar para o passado, verá que a aviação está sempre mudando e se aprimorando. Quem é mais velho lembra de fumar abordo e visitas a cabine do comendo em pleno voo, dois exemplos que ficaram para trás em detrimento da segurança e melhoria dos procedimentos operacionais”, conta o consultor.

O especialista em Segurança de Voo conversou com a Revista Embarque e elencou algumas iniciativas implementadas nos  para evitar a propagação do novo coronavírus aeroportos brasileiros, confira:

Distanciamento social
Manter pelo menos um metro, preferencialmente 2 entre passageiros. Este será um verdadeiro desafio, já que os aeroportos geralmente são ambientes muito movimentados. Manter o distanciamento social implica a necessidade de grandes espaços para conter grandes fluxos de passageiros.

Muitos aeroportos serão, portanto, forçados a reorganizar seus espaços e avaliar a abertura de novos terminais, talvez temporários, para aumentar sua capacidade. No curto prazo, a demanda de passageiros é baixa e os aeroportos devem ter a oportunidade de desenvolver processos robustos e aumentos de viagens.

Monitoramento e gerenciamento de fluxo de pessoas

É provável que novas tecnologias sejam introduzidas sempre que possível para fornecer monitoramento em tempo real da posição e movimento dos passageiros.

Essa tecnologia permitirá que os operadores aeroportuários monitorem os efeitos dos processos de Distâncias Sociais e lidem proativamente com os problemas.

Outro elemento importante será a necessidade de realizar exames de saúde em todos os passageiros. A alta temperatura corporal é um dos principais sintomas do vírus e é provável que seja a verificação mais fácil e prática a ser realizada. Isso será possível através do uso de scanners térmicos, mas também através de outras tecnologias inovadoras, como câmeras que detectam a temperatura corporal.

O aeroporto de Guarulhos, o maior da América Latina, está medindo a temperatura dos passageiros que estão embarcando, através de câmeras especiais e de forma semiautomática, enquanto que no Aeroporto de Florianópolis, foi realizado um convênio com a prefeitura da cidade e está sendo medida a temperatura dos passageiros que desembarcam e se houver algum caso, já é direcionado um atendimento médico.

Inovações como reconhecimento facial e biometria

Essas medidas já estavam em amplo desenvolvimento e hoje se tornarão fundamentais, não apenas para tornar a experiência de viagem mais fácil e rápida para os passageiros, mas também para limitar o máximo possível os contatos com superfícies e objetos. Espera-se que um grande investimento seja focado na introdução de sistemas de reconhecimento facial e check-in online.

No que se refere à sustentabilidade, entre as inovações tecnológicas, continuará sendo importante não esquecer a importância de medidas sustentáveis. Será necessário examinar a eco sustentabilidade, dando relevância a projetos que possam apoiar o desenvolvimento sustentável e a introdução de fontes de energia renováveis que possam reduzir os custos de manutenção e a dependência da eletricidade a longo prazo, ajudando os aeroportos a serem eficientes e operacionais constantemente.

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Redação Revista Embarque

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