Roda de conversa foca na criação de oportunidades para mulheres no setor da aviação

Evento reuniu representantes femininas do setor aéreo

Por: Redação da Revista Embarque - 14 de outubro de 2024

Evento "Voando Mais Alto"

No dia 10 de outubro, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) recebeu o evento “Voando Mais Alto”, em Brasília (DF), promovido pela Société Internationale de Télécommunications Aéronautiques (Sita) com o apoio da International Aviation Womens Association (IAWA). O encontro reuniu mulheres representantes de entidades do setor aéreo para discutir questões de inclusão e diversidade na aviação.

O evento foi dividido em dois painéis, com foco em inclusão e liderança feminina. Representantes da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), ABR Aeroportos do Brasil, Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta), Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) e do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) participaram das discussões.

Na abertura, a diretora da Anac, Mariana Altoé, destacou a importância do evento. “Estamos aqui hoje para tratar das experiências e das perspectivas individuais de vivências profissionais no setor aéreo, de olhar para o quanto avançamos sem perder de vista o quanto precisamos avançar, e do que precisamos fazer para que o nosso setor seja um setor respeitoso, inclusivo e de oportunidades iguais para todos”, reforçou Altoé.

A gerente de Relacionamento com a Indústria da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), Sofia Abreu, afirmou que o cenário está mudando e o setor aéreo está se diversificando. “A função do transporte aéreo é conectar pessoas de diferentes locais e culturas, e quem trabalha no setor precisa também ser diverso. Não basta a gente abrir as portas para as mulheres no setor, mas criar maneiras de que elas permaneçam. A gente tem que ter ações, mas essas ações devem ter continuidade. O nosso comprometimento é de que a cultura da empresa seja modificada”, ressaltou Sofia.

A chefe de Gabinete da Anac, Ana Benevides, moderou o evento e comentou sobre a importância de as mulheres participarem de espaços sociais informais, como jogar pôquer, que na maioria das vezes são ambientes masculinos: “São nesses espaços que as relações se estreitam, e a confiança aumenta. Não só em ambientes formais de trabalho. Nesses ambientes sociais, se criam laços de confiança, criam-se relações e se compartilham oportunidades.”

No segundo painel, a chefe de Comunicação de Diversidade, Equidade e Inclusão e gerente sênior de Marketing da Sita, Cristiane Dart, compartilhou a história da criação do programa “Voando mais Alto”, destacando a conexão entre as histórias de mulheres na aviação: “A luta de mulheres deve ser uma luta de todas as pessoas.” Dart explicou que o programa começou com uma roda de conversa com 15 mulheres, e, até hoje, mais de 400 pessoas já participaram dos eventos. Dart também ressaltou: “Se não tiver inclusão, a gente não consegue progredir. A base da nossa pirâmide está avançando bem em números, equilíbrio e diversidade. Mas a gente tem muito a avançar na progressão de carreira, que é quase inexistente em várias partes da aviação. E essa progressão só vai avançar se a gente entender os motivos que contribuem para ela.” Durante o painel, ela apresentou dados da IAWA sobre como eventos negativos impactam a progressão na carreira de homens e mulheres, com maior impacto sobre as mulheres. Segundo a pesquisa, 74% das mulheres se sentem desconfortáveis em pedir um tempo, em comparação com 66% dos homens, e 55% das mulheres são chamadas de agressivas, em contraste com 38% dos homens.

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Redação Revista Embarque

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