Azul pousa no Aeroporto Salgado Filho em grande estilo

Os voos de retomada voltam a ligar Porto Alegre a Campinas (SP), Curitiba (PR), Belo Horizonte (Confins-MG), Congonhas e Guarulhos (SP) e Galeão (RJ).

Por: Redação da Revista Embarque - 21 de outubro de 2024

Airbus A320 da Azul pintado em homenagem ao Rio Grande do Sul (Foto: Guilherme Mion)

A Azul, que foi a primeira companhia aérea a operar os voos para Canoas, durante a emergência da crise climática em maio, agora também é a primeira a pousar com um Airbus A320 pintado em homenagem ao Rio Grande do Sul e a reabrir as operações no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, após quase seis meses fechado.

O voo AD2603, que partiu de Viracopos às 6h30 e pousou em solo gaúcho as 8h04, além da pintura especial teve em sua numeração mais uma homenagem: a data de aniversário da capital Porto Alegre, dia 26 de março.

A companhia aterrissa em grande estilo – e isso não se deve apenas à fuselagem personalizada de sua aeronave com as belezas e os símbolos da cultura gaúcha.

Com a oferta de cerca de 57 mil assentos semanais e a previsão de uma movimentação de voos, com pico de 60 pousos e decolagens diários, a Azul mantém a posição de aérea com a maior malha no Rio Grande do Sul.

Os voos de retomada voltam a ligar Porto Alegre a Campinas (SP), Curitiba (PR), Belo Horizonte (Confins-MG), Congonhas e Guarulhos (SP) e Galeão (RJ). Também garantem conexões importantes dentro do estado, entre os municípios gaúchos de Santa Maria, Santo Ângelo, Pelotas e Uruguaiana. E todos eles representam hoje 78% da capacidade operacional da Azul na região, antes das enchentes. Por isso o objetivo é ir além.

John Rodgerson, CEO da Azul

De acordo com o John Rodgerson, CEO da Azul, a companhia será fundamental para a solidez da retomada contínua do aeroporto Salgado Filho, importante terminal de conectividade para os Clientes da Azul e para o estado em geral.

“Queremos voltar a operar com a potência que as nossas rotas no estado representavam para a Azul antes das enchentes, ou seja, 10% do total das nossas movimentações pelo país. O estado gaúcho é muito importante para a nossa história. E ajudá-lo a ‘recomeçar’ é bem simbólico para nós, porque voar para o sul também significou o nosso começo. Há 15 anos, o pouso que marcou o nosso primeiro voo foi realizado em Porto Alegre. E, desde então, nunca mais paramos de crescer e ampliar nossas conexões na região”, lembra John.

É com muita alegria que hoje retomaremos a operação de pousos e decolagens de voos domésticos em nosso aeroporto. Não só a equipe da Fraport Brasil, mas todos que fazem acontecer todos os dias recebem de braços abertos os passageiros nessa retomada. É uma grande conquista para todos os gaúchos, para o Turismo e para a economia”, comenta Andreea Pal, CEO da Fraport Brasil.

Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul

Para Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, recomeçar pelo Turismo é uma saída que favorece todos os setores e um jeito de o estado agradecer. “O Brasil abraçou e acolheu o Rio Grande do Sul, e agora queremos retribuir, especialmente a partir da reabertura do aeroporto Salgado Filho. Estamos lançando a maior campanha de Turismo da nossa história como forma de agradecer o apoio e a solidariedade recebidos de todo o país. Nossa gratidão também se estende a empresas, como a Azul, que demonstraram grande sensibilidade em um momento de dor para os gaúchos, mantendo suas operações e oferecendo suporte, além de acreditarem firmemente na nossa recuperação”, explica.

Os voos da Azul no Salgado Filho, que farão parte da malha da companhia no estado do Rio Grande do Sul, já estão disponíveis para compra nos canais oficiais da aérea, incluindo site, central de vendas, lojas da Azul Viagens e agências de viagens parceiras.

Ajuda humanitária ao Rio Grande do Sul

Durante todo o período que marcou a crise climática no sul, a Azul transportou mais de 35 mil Clientes entre a base aérea de Canoas e os aeroportos de Viracopos, em Campinas, e o de Guarulhos. A companhia operava três voos diários para Canoas, em média, totalizando 38 voos semanais (ida e volta).

A Azul também operou, no período de fechamento do Salgado Filho, sete outras bases no estado: Caxias do Sul, Pelotas, Passo Fundo, Santa Maria, Uruguaiana e Santo Ângelo. E, em junho, a companhia realizou uma readequação em 110 operações extras, com saídas de Viracopos (SP) e Curitiba (PR).

Comandante Carlos Coster, de 40 anos, e o copiloto Henrique Schneider, 25 (Foto: Guilherme Mion)

Dupla de comandante e copiloto do voo é gaúcha

Para celebrar o momento de retomada, o voo será operado por uma dupla de gaúchos: o comandante Carlos Coster, de 40 anos, e o copiloto Henrique Schneider, 25.

Carlos é piloto há 15 anos, sendo 14 deles na Azul e já passou por aeronaves Embraer e ATR. Ele nasceu em Porto Alegre, numa família de imigrantes italianos e judeus poloneses. Ele conta que o seu amor pela Aviação surgiu ainda criança, quando visitava o pai que trabalhava em Manaus. “Sempre fui apaixonado por voar, desde criança gostava de viajar, especialmente em voos com muitas escalas. Na época, ainda era possível visitar a cabine e eu sempre ia. Hoje, é um grande orgulho operar o voo de retomada, depois de meses. No Rio Grande do Sul, nós temos uma percepção de que tudo é batalhado e reconstruído, somos um povo forte e que cultiva a ideia de olhar sempre para frente. É algo que aprendi com a minha própria família, que veio para cá em situações adversas: levantar a cabeça, dar sempre o seu melhor e ter orgulho das suas origens”, explicou.

Já o copiloto, Henrique, nasceu na cidade de Ivoti (RS), uma cidade que, por ser alta, não sofreu com as enchentes. Ainda assim, ele atuou como voluntário durante as enchentes. Formado em Ciências Aeronáuticas, Henrique apoiou o trabalho do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil na Serra Gaúcha, ao identificar as coordenadas que facilitaram o resgate aéreo de vítimas das enchentes. “Eu pedi para fazer esse voo, que vai ser muito especial e emocionante, bem no dia do meu aniversário. Passamos por um momento muito desafiador e agora é a hora da retomada. A expectativa é grande, porque ficamos sem aeroporto por seis meses e isso impactou muito a economia e os negócios. Foi difícil inclusive para os próprios Tripulantes, como são chamados todos que atuam na Azul. Estamos prontos para comemorar a volta das operações”, completou.

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Redação Revista Embarque

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