IATA divulga relatório de segurança aéreo
A taxa de todos os acidentes foi de 1,13 a cada um milhão de voos.
Por: Redação da Revista Embarque - 6 de março de 2025

Foto: Reuters
A Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA), que representa a indústria da aviação, divulgou seu Relatório Anual de Segurança da Aviação de 2024. O setor apresentou mais um ano de forte desempenho geral de segurança, incluindo melhorias na média de cinco anos em vários parâmetros-essenciais, entretanto o número de acidentes fatais obteve um desempenho excepcional em 2023.
Segundo a entidade, a taxa de todos os acidentes foi de 1,13 a cada um milhão de voos (um acidente a cada 880 mil voos) foi melhor do que a média de cinco anos de 1,25, mas pior do que 1,09 registrada em 2023.
“Sete acidentes fatais ocorreram em 2024 entre 40,6 milhões de voos. Esse número é maior do que o único acidente fatal registrado em 2023 e a média de cinco anos de cinco acidentes fatais”, destaca a organização.
Um total de 244 fatalidades a bordo foram registradas em 2024, em comparação com as 72 fatalidades relatadas em 2023 e a média de cinco anos de 144. O risco de fatalidade permaneceu baixo em 0,06, abaixo da média de cinco anos de 0,10, mas o dobro da taxa de 0,03 relatada em 2023.
“Mesmo com os recentes acidentes de aviação de alta repercussão, é importante lembrar que os acidentes são extremamente raros. Foram realizados 40,6 milhões de voos em 2024, com sete acidentes fatais. Além disso, o histórico de longo prazo da segurança da aviação é de melhoria contínua. Há dez anos, a média de cinco anos (2011-2015) era de um acidente para cada 456 mil voos. Hoje, a média de cinco anos (2020-2024) é de um acidente para cada 810 mil voos. Essa melhoria ocorre porque sabemos que cada fatalidade significa muito. Lembramos aqui cada vida perdida nos acidentes de aviação com nossas mais profundas condolências e a determinação cada vez mais forte de tornar a aviação ainda mais segura. E para isso, a coleta de dados de segurança, incluindo o relatório de segurança de 2024, é a nossa ferramenta mais poderosa”, declara Willie Walsh, diretor geral da IATA.
Acidentes e incidentes em zonas de conflito são considerados eventos relacionados à segurança e não estão inclusos neste relatório. Embora não apareçam nos dados deste relatório de segurança, são uma das principais preocupações para a segurança da aviação, juntamente com os crescentes incidentes de interferência do Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS), e exigem coordenação global urgente.
“Nenhuma aeronave civil deve ser alvo deliberado ou acidental de operações militares. Os governos devem intensificar, aprimorar o compartilhamento de inteligência e estabelecer protocolos globais mais claros para evitar tais tragédias e proteger a aviação civil”, afirma Walsh.
Redação Revista Embarque
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