Anac e UnB reforçam a importância da inclusão feminina no setor aéreo
Evento apresentou resultados de pesquisa sobre barreiras à participação feminina no setor aéreo e reforçou ações do programa Asas Para Todos
6 de abril de 2025
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), realizou nesta quarta-feira (3/4) o Seminário Mulheres na Aviação: Ações para a Regulação Inclusiva. O evento, realizado no auditório da Anac, em Brasília (DF), reuniu representantes da Agência, professores e pesquisadores da UnB para debater os desafios e propor soluções para ampliar a participação feminina no setor aéreo brasileiro.
A diretora da Anac, Mariana Altoé, fez a abertura do seminário e destacou a importância do evento: “Queremos que esse trabalho abra caminho para novos estudos e para a ampliação desse debate, permitindo avanços concretos em prol da equidade na aviação”, afirmou.
Ao longo do evento, foram realizados debates com foco em temas fundamentais para a inclusão feminina na aviação. Entre os principais momentos, destacam-se:
- Discussão sobre a realidade das mulheres no setor aéreo, com dados sobre a presença feminina na aviação nacional e internacional;
- Discussão sobre regulação inclusiva, com propostas para aprimorar as normas e promover mais oportunidades para as mulheres;
- Apresentação do roteiro da pesquisa, com recomendações e próximos passos para transformar o ambiente de trabalho aéreo em um espaço mais diverso e acessível.
Pesquisa “Mulheres na Aviação Civil: estudos para uma regulação inclusiva no setor”
O ponto alto do seminário foi a apresentação do resultado da pesquisa, conduzida pelos professores doutores Inez Lopes, Carla Antloga, Polliana Cândida, Victor Rafael Rezende e Fabio Iglesias, da UnB. Com informações coletadas junto a empresas do setor, o estudo mostrou dados e mapeou as principais barreiras enfrentadas por mulheres para entrar e permanecer na aviação, tais como:
- Estereótipos de gênero: percepção de que funções técnicas e de liderança são predominantemente masculinas;
- Falta de referências femininas no setor: a escassez de referências dificulta a inspiração de novas profissionais;
- Desafios na conciliação trabalho-família: Demandas profissionais que podem conflitar com responsabilidades familiares, afetam a permanência das mulheres na área.
Um dos dados apresentados foi sobre a profissão de piloto, na qual apenas 3,6% dos profissionais são mulheres — revelando um cenário ainda marcado pela desigualdade de gênero.
Programa Asas Para Todos
O seminário é fruto do Acordo de Cooperação Técnica – ACT nº 1/2024 [inserir link do documento], celebrado entre a Anac e os Ministérios de Portos e Aeroportos – MPor, dos Direitos Humanos e da Cidadania – MDHC, da Igualdade Racial – MIR, das Mulheres – Mulheres e do Turismo – MTur, no âmbito do programa Asas Para Todos.
A Anac reforça seu compromisso com a promoção da diversidade na aviação por meio do programa, que atua por meio de três subprogramas: Inclusão e Diversidade, Formação e Capacitação e Mulheres na Aviação — este último com foco específico em inspirar meninas e mulheres a integrarem o setor. Entre as ações, destacam-se:
- Fomento à capacitação feminina, com incentivo a programas de treinamento e formação técnica, com 50% das vagas destinadas a mulheres;
- Parcerias com empresas e instituições de ensino, visando ampliar as oportunidades de qualificação e empregabilidade;
Caminhos para o futuro
A Anac tem avançado em iniciativas como o Programa Asas Para Todos e a assinatura de acordos internacionais, e segue atuando para promover a equidade de gênero no setor aéreo.
Conheça mais sobre o programa Asas para Todos.
Redação Revista Embarque
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