Mostra de vídeo e fotografia ressalta a arte dos BRICS
7 de janeiro de 2014
A exposição estreará no dia 18 de fevereiro, no Oi Futuro, no Rio.
O Oi Futuro Flamengo abre no dia 18 de fevereiro ao público a mostra BRICS – um consistente mergulho na produção de vídeo e na fotografia produzida por artistas dos cinco países que formam esse novo e promissor bloco econômico.
Em função das conquistas políticas e econômicas de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, há grande expectativa em torno da ofensiva intelectual e artística deflagrada pelo BRICS. Irá sua massa crítica brindar o mundo com um novo modernismo? Com quais valores simbólicos irá enriquecer o século XXI?
BRICS exibe obras como a do brasileiros como Silvino Santos (No paiz das Amazonas, 1921) , que traz uma visão importantes sobre questões sociais já candentes na época em que foi filmada. Essas raridades figuram ao lado da produção recente de cineastas como Cao Guimarães, Paulo Nazareth, Romy Pocztaruk e Juliana Stein, e do trabalho dos fotógrafos Alberto César Araújo, Lula Sampaio, Raimundo Valentim e Raphael Alves.
Dentre os realizadores chineses estão Ip Yuk-Yiu, Chen Chieh-Jen, Cao Fei, Yang Fudong e Gao Shiqiang, cujas obras refletem uma nova poética a partir das transformações sociais do país. A Rússia é representada por Haim Sokol, Elena Kovylina e Roman Mokrov. Vivek Vilasini, SarnathBanerjee e Navin Rawanchaikul trazem à cena uma nova Índia. “My Fitzcarraldo”, do cineasta e diretor teatral alemão Christoph Schlingensief, documenta filmagens que realizou em Manaus. Completam a exposição obras dos sul-africanos Donna Kukama e Mikhael Subotzky.
Pesquisa
A mostra tem curadoria de Alberto Saraiva, curador do Oi Futuro, e de Alfons Hug, diretor do Instituto Goethe no Rio de Janeiro.Os curadores pesquisaram durante dois anos e fizeram várias viagens aos países do bloco BRICS, para conhecer de perto a produção contemporânea recente de vídeo e fotografia e selecionar o material da mostra.
Segundo Hug, se, há cem anos, Berlim, Paris e Moscou formavam o epicentro da modernidade e, a partir do século XX, Nova Iorque passou a dar o tom, é possível que os países do BRICS passem a ser os novos indicadores dos caminhos da cultura. “Essas perspectivas em si já são suficientes para justificar um projeto BRICS. Além disso, este grupo de países também goza de destacada prioridade na política cultural internacional”, disse.
Para o curador, a contraproposta dos artistas tem início, não raramente, com a busca de um material “orgânico, não-espetacular, quase precário”. “Se o marketing das cidades do BRICS revela as reluzentes superfícies das novas metrópoles como o mais amplo panorama da renovação urbana, a arte dedica-se à morfologia da alma e ao destino de cada um”, afirma.
Na visão de Hug, raramente, no modernismo, e apenas em poucos locais fora deste grupo de países, as pessoas são conduzidas para tão perto dos limites do que se pode suportar física e psiquicamente. “No turbilhão de concreto, vidro, fuligem e barulho que transforma o homem em pequenina peça anônima em meio à massa, a arte é capaz, com sua imperturbável percepção da diferença, de dar forma e voz ao indivíduo”, ressalta.
Serviço
Mostra BRICS
Visitação aberta ao público: 18 de fevereiro a 20 de abril
Produção: Instituto Goethe – Instituto Cultural Brasil-Alemanha
Curadoria: Alfons Hug e Alberto Saraiva – Coordenação de Produção: Sandra Lyra
Local: Oi Futuro Flamengo
Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo
Horário de visitação: terça a domingo, das 11h às 20h
Informações: (21) 3131-3060
Patrocinada através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro
Com informações do OI Futuro – última atualização às 14h50 do dia 14 de janeiro de 2014
Redação Revista Embarque
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