Mais de 1,5 mil trabalhadores entram em greve em aeroportos alemães
29 de março de 2014
A paralisação gerou o cancelamento de 600 voos na Europa
Sete aeroportos alemães vivenciaram uma greve de trabalhadores públicos que provocou o cancelamento de até 600 voos no segundo aeroporto com maior tráfego de passageiros na Europa, o Frankfurt Airport. (fotos: AP PhotoGlobe / Reuters)
Na quinta-feira de manhã, dia 27, mais de 1,5 mil trabalhadores entraram em greve no aeroporto situado em Frankfurt, no centro da Europa. A Lufthansa, a maior companhia aérea da Alemanha, cancelou quase todos os voos nacionais e europeus até às 13 horas da tarde.
Embora a maioria dos trabalhadores do Frankfurt Airport sejam trabalhadores privados, ainda existem mais de 6 mil trabalhadores do setor público nas áreas de bagagem, segurança e trabalho de campo.
A greve aeroportuária é parte de uma ampla ação realizada pelos trabalhadores públicos na Alemanha que inclui outros setores como o transporte local ou a educação.
O Ver.di, o segundo maior sindicato da Alemanha depois do metalúrgico IG Metall, reclama para os seus trabalhadores 3.5% de aumento salarial. O sindicato também solicita um bônus de 100 euros, ou seja de 300 reais, cada mês para 2 milhões de trabalhadores federais e municipais do setor público. Isso é o equivalente a um incremento total de 6.7%.
Frank Bsirske , o chefe do Ver.di, disse que espera conseguir um acordo com o governo na próxima rodada de negociações salariais, que acontecerá no início da próxima semana. “A gente quer participar na recuperação econômica”, disse Bsirske.
Por sua parte, o governo alemão disse que aceita um aumento de salário, porém reclama que as exigências são muito altas. Já a companhia aérea Lufthansa condena a greve, já que segundo Bettina Volkens, membro do conselho da companhia, “o grupo Lufthansa vai sofrer grandes perdas com a greve, embora a gente não tenha nada a ver no conflito salarial”.
Segundo dados publicados nessa semana, as perspectivas de renda na Alemanha caíram em março, mas ainda assim se mantiveram fortes devido a robusto mercado de trabalho. Isso alimentou a ideia de que as expectativas salariais crescerão de forma mais acentuada. Nesse ano, segundo a o grupo de pesquisa de mercado GfK, os trabalhadores estão suscetíveis a obter aumentos de mais de 3% nas negociações salariais no pais germânico.
Ana Abril com informações da Reuters e da DW
Redação Revista Embarque
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