Voos com atraso caem no período de Carnaval, afirma SAC

Guarulhos foi o que obteve o maior crescimento percentual em relação às partidas

25 de fevereiro de 2015

Nesses 12 dias, os sete aeroportos coordenados pela Operação Carnaval e que concentram 72% do movimento do carnaval – Galeão e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, Congonhas e Guarulhos, em São Paulo, Brasília (DF), Salvador (BA) e Recife (PE) – tiveram 6% a mais de decolagens. Foram 14.929 em 2014 contra 15.770 em 2015.  Os dados foram divulgados na terça-feira (24) pela Secretaria da Aviação Civil (SAC).  (foto: área vip do TPS-3 do GRU Airport) 

Mesmo com o aumento no fluxo de voos o índice de atrasos – quando o tempo de decolagem ultrapassa 30 minutos do programado – foi de apenas 6% nesses terminais. Nos mesmos 12 dias de 2014, o percentual foi de 11%. Em 2014, foram 1.711 decolagens com atraso contra 991 neste ano, ou seja, uma redução de 42% (veja os gráficos abaixo).

Em relação ao desempenho de cada um dos sete terminais, Guarulhos foi o que obteve o maior crescimento percentual em relação às partidas, apresentando um crescimento de 13%. Foram 4.374 decolagens no carnaval de 2014 contra 4.948 em 2015. Já o aeroporto de Recife teve queda de 6% nas partidas, saindo de 1.012 decolagens em 2014 para 951 em 2015 (veja tabela abaixo).

PARTIDAS REALIZADAS:COMPARATIVO CARNAVAL 2014 X 2015
AEROPORTO 2014 2015 PERCENTUAL
Brasília (DF) 2.288 2.316 1%
Galeão (RJ) 2.077 2.074 0%
Guarulhos (SP) 4.374 4.948 13%
Recife (PE) 1.012 951 -6%
Santos Dumont (RJ) 1.472 1.609 9%
Congonhas (SP) 2.345 2.478 6%
Salvador (BA) 1.361 1.394 2%
TOTAL DOS SETE AEROPORTOS 14.929 15.770 6%

 

Para o ministro da Aviação, Eliseu Padilha, o desempenho positivo é reflexo da melhoria na gestão aeroportuária. “Existe uma integração entre os órgãos públicos, empresas aéreas e operadores aeroportuários. Por isso, cada vez mais teremos resultados melhores. Essa é a nossa expectativa, porque estamos conversando de forma integrada. Essa era uma grande dificuldade que tínhamos antes e vencemos através da integração dos órgãos públicos e administradores”, avalia.

Essa integração, que acontece no âmbito da Comissão Nacional das Autoridades Aeroportuárias (Conaero), se confirma nos dias de maior pico de movimentação do período. Na terça-feira de carnaval, por exemplo, quando as pessoas iniciaram o retorno para casa após a folia, o índice de atrasos superiores a 30 minutos foi de apenas 2,14% nos sete aeroportos. Dos 1.261 voos programados, apenas 27 atrasaram.

Nem mesmo o impacto meteorológico registrado em São Paulo (Congonhas e Guarulhos) no dia de maior pico de movimentação – 13 de fevereiro, quando estima-se que aproximadamente 490 mil pessoas passaram pelos saguões desses sete terminais –, prejudicaram o bom andamento da operação. “Tivemos 16% de atrasos no dia de maior movimentação. Ainda assim, é um percentual bem menor do que aquele registrado em 2014, no mesmo pico, quando houve 30% de atrasos”, aponta o diretor de Gestão Aeroportuária da Secretaria de Aviação Civil, Paulo Henrique Possas.

A SAC estima que 5,3 milhões passaram pelos sete aeroportos da Operação. A estimativa é calculada com base na oferta de assentos pelas companhias aéreas, autorizadas pela ANAC e considerando uma ocupação média de 85% das vagas.

OPERAÇÃO REFORÇADA

Uma série de medidas recomendadas pela CONAERO foram cumpridas pelas companhias aéreas, operadores e órgãos públicos, para garantir tranquilidade no embarque e desembarque dos passageiros nos terminais coordenados pela operação. Dentre as ações realizadas, foi aumentado o número de funcionários trabalhando durante o carnaval. No Galeão, por exemplo, foram 97 pessoas a mais, passando o aeroporto a contar com 2.604 trabalhadores. Congonhas incrementou o contingente em 41 funcionários; Recife em 8; Salvador em 21; e o Santos Dumont, em 10.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também providenciou reforço para a fiscalização nos sete aeroportos da operação, além de Campinas. Foram mobilizados 120 servidores, entre inspetores de aviação civil e técnicos, sendo 74 extras.

Responsável pela administração de quatro aeroportos coordenados pela operação, a Infraero também tomou suas medidas, como manutenção preventiva em escadas rolantes e elevadores e equipes rodando todos os terminais.

A Receita Federal, por sua vez, aumentou o efetivo em 15% em Guarulhos e no Galeão. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou em 50% a equipe de Guarulhos. Já a Polícia Federal deu atenção especial ao fluxo migratório do aeroporto paulista, em especial ao uso do e-gate, um mecanismo utilizado para leitura do passaporte, reduzindo o tempo de permanência do passageiro em filas.

Também integraram a operação os ministérios da Defesa, Meio Ambiente, Planejamento, Justiça, Fazenda, Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além da Casa Civil.

Com informações da Assessoria de Imprensa da SAC

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Redação Revista Embarque

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