O GRU Airport, em Guarulhos, na grande São Paulo, passou a comportar, a partir do mês de outubro, um movimento de 10,6% maior de aviões por hora. Até então, 47 pousos e decolagens eram permitidos por hora, número que subiu para 52. O aeródromo é o maior do País, com movimento de 39,5 milhões de passageiros em 2014.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que as frequências serão alocadas para as companhias aéreas que manifestarem interesse e a distribuição será feita por ordem de solicitação. As datas para esses novos voos começarem a operar será definida após reunião entre a Anac e a GRU Airport, que administra o aeroporto. Hoje o terminal tem uma média de 810 voos por dia.

O aumento na capacidade foi possível após um trabalho conjunto de vários operadores. O departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) reestruturou o espaço aéreo do aeroporto, reduzindo a distância entre as aeronaves, no processo de aproximação para pouso, de 5 milhas náuticas (9,2 quilômetros) para até 3 milhas náuticas (5,5 km).

A GRU Airport, por sua vez melhorou a infraestrutura em terminais, pátios e pistas, enquanto a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeronáutica (Infraero), responsável pela torre de controle, aprimorou o sistema de organização das aeronaves que chegam e partem do aeroporto. As companhias aéreas também atualizaram seus sistemas de comunicação com os órgãos da Aeronáutica e se esforçam agora para reduzir o tempo de taxiamento, para evitar que aviões se alonguem na pista.

Neblina

Em junho o GRU Airport se tornou o primeiro no país a operar com um sistema avançado de pouso com visibilidade quase nula, o ILS CAT III (Instrument Landing System, em inglês, na categoria 3). Com o novo aparelho instalado no solo, o piloto pode pousar  quando há boas condições de visibilidade a apenas 200 metros da pista. Antes, o limite era de 400 metros.

Redação Embarque com informações do Estadão