Aviação executiva na América Latina prevê investimentos de US$ 1,31 bilhão

O Brasil destaca-se como o país na América do Sul com o maior número de proprietários de jatos.

13 de agosto de 2024

Um crescimento de 103% só nos próximos cinco anos, essa é a perspectiva para o segmento da aviação executiva na América Latina, segundo um recente levantamento elaborado pela Mordor Intelligence, uma das maiores consultorias globais em pesquisa e inteligência de mercado.

Só em 2024, o crescimento previsto para a região é de US$ 640 milhões; e para 2029, a previsão é de um salto de US$ 1,31 bilhão. Nesse mercado da aviação executiva, o Brasil destaca-se não só como o país na América do Sul com maior número de proprietários de jatos, mas também se mantém como o segundo maior mercado aéreo global, superado apenas pelos Estados Unidos. De acordo com levantamento de maio de 2024, elaborado pela Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), temos hoje uma frota de 906 jatos executivos, e uma frota operacional na aviação de negócios de 9.692 aeronaves.

De olho nesse crescimento robusto de um segmento sempre fortalece a economia, um grupo de empresários goianos está à frente de um mega empreendimento na cidade de Aparecida de Goiânia, região metropolitana de Goiânia: o Antares Polo Aeronáutico, um aeroporto de negócios localizado no centro do país e que tem como propósito atender vários segmentos da aviação geral, entre eles a aviação executiva e serviços de táxi-aéreo.

Capitaneado pelas empresas goianas Tropical Urbanismo, Innovar Construtora, CMC Engenharia, BCI Empreendimentos e Participações e RC Bastos Participações, a ideia é que o polo seja voltado totalmente para a aviação de negócio e sendo 100% privado, já se elimina entraves burocráticos com concessões públicas e assegura a segurança jurídica para os investidores. O aeroporto de negócios, que promete ser o maior do Centro-Oeste, é um dos expositores da Labace 2024, maior feira de aviação da América Latina, que começou ontem (6/08) e segue até amanhã (08/08), no Aeroporto Congonhas (CGH-São Paulo).

O Antares terá, em sua primeira fase, a pista de pouso com extensão de 1.980 metros e a largura passará de 45m, o que possibilitará a operação de aeronaves de maior porte. O PCN (Número de Classificação do Pavimento) suportará um Boingo 737-800. Nesta fase, também serão entregues a área de embarque e desembarque e 72 lotes entregues de 1.000m² a 1.500 m² de área, com toda a infraestrutura necessária para a instalação de hangares e serviços ligados à aviação.

Parte desses 72 terrenos foram oferecidos na modalidade venda tradicional, com titularidade de propriedade da área. Agora, até para atender uma demanda apresentada por grandes players que demonstraram interesses em se instalar no nosso polo, estamos negociando as áreas na modalidade BTS (Bild To Suit), o que livra a empresa de transtornos e gastos com obras, possibilitando o foco de investimentos e de trabalho no negócio em si.

Localização estratégica
Além da questão da origem goiana das empresas por trás desse grande empreendimento, a localização do polo no coração do Brasil agrega um importante diferencial estratégico ao projeto, conforme explica Romeu Neiva.

O Antares estará a uma hora de voo dos principais pólos de consumo e populacional do País, que compõem 65% do PIB nacional, e mesmo as regiões consideradas mais distantes, como os extremos norte e sul do Brasil, não estamos mais do que quatro horas de voo de distância. Além disso, no mapa de negócios da aviação, Goiás é o terceiro maior polo nacional de manutenção aeroportuária e o quarto em serviços aeroagrícolas, segundo dados da Abag.

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Redação Revista Embarque

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