Colômbia proíbe os monopólios de taxis nos aeroportos
2 de junho de 2014
O objetivo é acabar com os acordos entre concessionárias e companhias de taxis que provocam os altos preços das viagens
O transporte de taxis nos aeroportos é uma das principais queixas dos passageiros. A falta de segurança, o elevado preço, a espera até a chegada dos carros e o próprio serviço são algumas das reclamações mais comuns dos viajantes. Na Colômbia, para acabar com os altos preços, o Ministério de Transporte está trabalhando na elaboração de um decreto que proíbe os monopólios das empresas de taxis nos diferentes aeroportos do país. (fotos: Andrew Knochel-Cronkite News Service / Vanguardia Liberal)
Um claro exemplo de monopólio estaria representado pelo acordo entre a concessionária do Aeropuerto Internacional El Dorado, a empresa Opaín, e a companhia Taxi Imperial SAS, a única com permissão para operar no aeroporto mais importante do país. O exclusivo contrato com validade até 2017 será nulo quando o novo decreto antimonopolio estiver em vigor.
Chegado o momento, qualquer um dos mais de 50 mil taxis da capital colombiana, afiliados a 66 empresas diferentes, poderá recolher e levar passageiros ao Aeropuerto Internacional El Dorado. O mesmo acontecerá com as companhias de taxis no resto do país.
O decreto proíbe claramente às concessionárias a limitação do aceso aos aeroportos de certas companhias de taxis, assim como a cobrança de qualquer remuneração direta ou indireta pela organização do serviço de transporte. O governo também pretende obrigar os aeroportos a habilitarem lugares especiais para o aceso e estacionamento de veículos públicos, como ônibus por exemplo.
Dessa forma, diferentes empresas de taxis e ônibus poderão ofertar o transporte aos aeroportos com preços mais baixos e serviços mais competitivos.
Porém, a nova medida também possui algumas desvantagens, dado que abre portas à entrada de taxis ilegais. O principal problema é a falta de segurança, já que muitos taxistas sem licenças irão aos aeroportos seduzir os passageiros com os baixos preços. A queda da qualidade do serviço também será outro distúrbio para os viajantes. Isso porque, os preços mais baixos podem estar acompanhados por alguns inconvenientes como motoristas sem conhecimentos na língua inglesa ou carros velhos, sujos e sem segurança.
Ana Abril com informações do El Tiempo e do Portafolio.co
Redação Revista Embarque
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