Erupções vulcânicas ocasionam prejuízos milionários em aeroportos

21 de fevereiro de 2014

A catástrofe do vulcão na Islândia  provocou o cancelamento de 5 mil voos.

Os principais aeroportos da ilha de Java, situada na Indonésia, já estão em pleno funcionamento após permanecer fechados durante a erupção do vulcão Kelud, um dos mais perigosos do país. A catástrofe causou a morte de seis pessoas e a evacuação de outras 200 mil, além de provocar a paralisação do tráfego aéreo durante a última sexta-feira, dia 14 de fevereiro. (fotos: Trisnadi-AP / Gary DeLong)

Além de impossibilitar evacuações, o fechamento dos aeroportos durante erupções vulcânicas também provoca grandes perdas econômicas. A erupção do vulcão da Islândia, por exemplo, acontecida em março de 2010, fez com que 5 mil voos fossem cancelados por toda a Europa, sendo o maior cancelamento da história após o atentado em 11 de setembro de 2001.

A catástrofe de 2010, que cancelou o 25% dos voos programados, também causou a diminuição da demanda mundial de combustível de avião em mais de um milhão de barris por dia, isto é, cerca de uma quinta parte do consumo global.

No caso do vulcão Kelud, a nuvem de cinzas, areia e rochas alcançou 15 quilômetros de altura e provocou o fechamento dos três aeroportos da ilha de Java, a mais populosa do mundo. Porém, até a data, a erupção do Kelud unicamente fechou os aeroportos durante um dia, sendo que a situação não alcançou o ponto máximo de gravidade.

avion volcan

Do outro lado, o fechamento dos aeroportos, tanto no caso da Indonésia como da Islândia, é uma importante medida de segurança. O objetivo é evitar a possível caída das aeronaves provocada pela cinza, que em 2010 afetou desde as costas dos países escandinavos até a França.

Essa ação de segurança poderia ter evitado o pânico acontecido em 15 de dezembro de 1989, quando o voo operado pela aerolinha holandesa KLM com destino ao Alaska sobrevoou o Monte Redoubt em plena erupção. A coluna de cinza motivou a parada dos quatro motores do avião. Felizmente, os motores voltaram a funcionar após atravessar a fumaça e o avião pousou sem provocar prejuízos humanos.

O problema da cinza vulcânica reside em sua composição de rocha, cristal e areia que provoca problemas nas turbinas dos aviões, a parada dos motores e, consequentemente, a caída das aeronaves. Da mesma forma, a cinza pode entrar na cabina do avião ocasionando graves consequências.

Na atualidade, existe mais de 500 vulcões ativos no mundo, o que sugere a importância de uma associação entre a indústria da aviação e geólogos para determinar ações que reduzam o impacto dessas catástrofes nos aeroportos.

Ana Abril com informações de El País, de El Espectador, do Informador.com e do Viaje Jet

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Redação Revista Embarque

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