Escócia inicia campanha de apoio aos passageiros com autismo

5 de julho de 2014

As multidões e filas dos aeroportos causam estresse e desorientação em pessoas com autismo

A chegada do verão no hemisfério norte do planeta é sinônimo de férias para grande parte da população. Porém, para as pessoas com autismo, viajar de carro é a única possibilidade de ter umas férias diferentes. Isso porque o simples fato de passar pelo aeroporto supõe para eles uma difícil e assustadora experiência. A razão não é o pânico de avião, mas o medo das multidões e das filas. A falta de sinalização nos aeroportos também é um grave problema para as pessoas com algum nível de autismo. (fotos: My Art My Autism / BBC)

Por isso, Mark McDonald, um dos membros do parlamento escocês, em conjunto com a Sociedade Nacional Autista e a associação Autismo Escocês têm iniciado uma campanha para promover o apoio as pessoas com autismo nos aeroportos da Escócia. O parlamentário explica como o ambiente dos aeroportos pode influenciar em uma pessoa com autismo. “Muitos dos processos em aeroportos, como filas, passar pela segurança e experimentar os diferentes sons e cheiros podem causar sobrecarga sensorial e dificuldades”, afirma McDonald. Além disso, foi realizado um estudo para conhecer as ações e ajudas ao autismo oferecidas pelos aeroportos escoceses.

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O relatório concluiu que os grandes aeroportos oferecem bastante apoio para os passageiros com autismo. As filas rápidas, para que não seja necessário esperar, e fichas com fotos, para que os passageiros saibam o que esperar no aeroporto, são as principais medidas. Alguns aeroportos também oferecem tours pelas instalações para as pessoas com autismo e acompanhantes, o que lhes permite familiarizar-se com as instalações aeroportuárias.

No entanto, ainda existem muitas falhas, desde dificuldades para achar as informações até conseguir um acompanhante do aeroporto. Além disso, muitos aeroportos não disponibilizam no site os serviços existentes para esse tipo de passageiros.

Robert MacBean, o diretor da campanha da Sociedade Nacional Autista, conta que o principal problema é a desinformação. “Muitos aeroportos da Escócia estão melhorando apenas com a realização de pequenos câmbios que ajudam as pessoas com autismo a se familiarizar com o ambiente dos aeroportos. Porém, é crucial informar sobre o apoio disponível e assegurar que a informação é facilmente acessível”, assegura MacBean.

Com isso, a campanha irá focar em como melhorar os atuais problemas para conseguir uma completa integração dos passageiros com autismo nos aeroportos da Escócia.

Ana Abril com informações do TheCourier.co.uk e do HeraldScotland 

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Redação Revista Embarque

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