Especialistas falam dos “carros voadores” e o futuro da mobilidade aérea
Os eVTOLs oferecem uma oportunidade de transformar o modo como as cidades lidam com os desafios de deslocamento.
Por: Redação da Revista Embarque com MundoGEO - 6 de junho de 2025

Foto: Mídia Consulte
O painel “O Futuro da Mobilidade Aérea Urbana com os eVTOLs” recebeu especialistas para debater o tema na Arena Mobilidade da Smart City Business Brazil 2025. O evento está na 12ª edição, e aconteceu nos dias 3 e 4 de junho, no Expo Center Norte, em São Paulo.
Mediado por Alexandre Bürgel, consultor da Innova Ação Soluções, o debate reuniu especialistas e gestores públicos para discutir os avanços, desafios e perspectivas da utilização dos eVTOLs — veículos elétricos de decolagem e pouso vertical, os chamados “carros voadores”, muito semelhantes aos drones, porém, com capacidade de transportar objetos e pessoas — como solução para a mobilidade urbana.
Em sua apresentação, Edinho Guedes, secretário de Mobilidade Urbana de Jacareí (SP), destacou a importância de pensar a mobilidade aérea como uma extensão das políticas públicas de transporte e planejamento urbano.
Segundo ele, os eVTOLs oferecem uma oportunidade de transformar o modo como as cidades lidam com os desafios de deslocamento, sobretudo em regiões metropolitanas densamente povoadas.
“Estamos diante de uma mudança de paradigma. A mobilidade aérea urbana com eVTOLs não se trata apenas de inovação tecnológica, mas de uma nova forma de pensar o espaço urbano, integrando diferentes modais de transporte para tornar as cidades mais eficientes e sustentáveis”, afirmou Guedes.
Ele também mencionou os esforços de Jacareí, no interior paulista, para se preparar para essa nova realidade. A cidade, que integra a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, estuda a implantação de políticas de mobilidade urbana que incluam a infraestrutura necessária para a operação dos eVTOLs, como vertiportos e corredores aéreos.
Marcelo Gutierrez, membro do Fórum de Transição Energética na Aviação Civil, ligado ao Ministério de Portos e Aeroportos, apontou que os primeiros voos experimentais em ambientes urbanos devem ocorrer ainda nesta década, mas ressaltou que a operação comercial plena dependerá da consolidação de regulamentações e da infraestrutura adequada.
Guedes reforçou a necessidade de os municípios se prepararem desde já, investindo em estudos de viabilidade, capacitação técnica e parcerias com a iniciativa privada. “A mobilidade aérea urbana não é uma utopia. É um futuro cada vez mais próximo e as cidades que se anteciparem estarão melhor posicionadas para colher seus benefícios”, concluiu o secretário.
Redação Revista Embarque
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