Indústria da Aviação defende vacinação prioritária para profissionais do setor

Os aeroportos são os principais centros na cadeia de distribuição global de vacinas e equipamento na luta contra a COVID-19

21 de dezembro de 2020

Os profissionais da indústria da aviação, aeroviários e aeronautas, devem ser considerados como trabalhadores prioritários durante a campanha de vacinação contra a COVID-19.

O pedido é da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), que representa cerca de 290 companhias aéreas, que compõem 82% do tráfego aéreo global. Essa também foi uma decisão da 76ª Assembleia Geral Anual (AGM) da entidade internacional que reforçou o papel vital do transporte aéreo em facilitar a resposta global à pandemia, incluindo a distribuição rápida de medicamentos, kits de teste, equipamento de proteção e eventualmente vacinas em todo o mundo.

Também assinam o documento a Associação Latino-americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), o Conselho Internacional de Aeroportos da América Latina e Caribe (ACI-LAC) e a Organização de Serviços de Navegação Aérea Civil (CANSO).

O apelo da indústria foi feito aos governos da América Latina e está alinhado com a proposta do Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas (SAGE) da Organização Mundial de Saúde sobre a Priorização dos Usos das Vacinas COVID-19, que define populações prioritárias para a vacinação com base em cenários epidemiológicos e de fornecimento de vacinas.

Dentro deste quadro, o SAGE incluiu trabalhadores dos transportes juntamente com outros setores essenciais além fora dos segmentos da saúde e educação, tais como, por exemplo, a polícia.

“O sistema de saúde em toda a América Latina e Caribe depende fortemente do transporte aéreo para a entrega dos seus suprimentos. Ao contrário de outras partes do mundo, por exemplo, América do Norte ou Europa, existem muito poucas alternativas como o transporte rodoviário ou ferroviário que possam proporcionar um transporte rápido, seguro e confiável – especialmente onde considerações tão especiais como a refrigeração são necessárias. Como os cálculos mostram, será necessário o equivalente a 8.000 aviões cargueiros Boeing 747 para a distribuição global de vacinas. É, portanto, essencial que tenhamos a mão-de-obra qualificada para assegurar o funcionamento da cadeia logística”, disse Peter Cerdá, Vice-Presidente Regional da IATA para as Américas.

Para Simon Hocquard, Diretor-geral da CANSO, a indústria da aviação proporciona conectividade vital na região da América Latina e Caribe e a força de trabalho da aviação é essencial para garantir a distribuição em tempo hábil da vacina.

O diretor geral da ACI-LAC, Dr. Rafael Echevarne, disse que os aeroportos são os principais centros na cadeia de distribuição global de vacinas e equipamento na luta contra a COVID-19.

Recuperação do mercado de trabalho

O CEO da ALTA, José Ricardo Botelho, destaca que é possível retomar as atividades seguindo os protocolos apropriados, e que está confiante de que a vacinação permitirá enquanto sociedade, recuperar inúmeros setores econômicos e milhões de postos de trabalho que foram fechados durante a pandemia de COVID-19 no setor da aviação.

“A rápida adoção de protocolos de biossegurança nos permitiu retomar as viagens e iniciar lentamente a recuperação da conectividade que gera oportunidades, e que, além disso, permitirá a distribuição de vacinas em todos os lugares, mesmo naqueles mais remotos. Considerar os trabalhadores da indústria como essenciais durante as campanhas de vacinação é fundamental para reforçar estes esforços que se traduzirão em bem-estar econômico e social para a população. Vemos que os pilotos nos Estados Unidos irão receber a vacina e pedimos que a nossa região inclua todo o pessoal da aviação nas campanhas”, finaliza.

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Redação Revista Embarque

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