EUA: Aviação Federal ampliará política de segurança

2 de maio de 2014

O crescimento de cidades próximas aos aeroportos representa um perigo

O desenvolvimento de cidades em torno aos aeroportos tornou difícil a proteção do espaço aéreo para as decolagens de aeronaves. Por essa razão, a Administração Federal da Aviação (FAA) dos Estados Unidos planeja ampliar sua política de segurança e incluir nos requisitos de emergência uma possível falha de motor durante a decolagem. Dessa forma, todas aeronaves a partir de agora teriam que voar com “um motor inoperativo” – em inglês “one engine inoperative” (OEI). (fotos: Divulgação / The Guardian)

Segundo a proposta, a FAA deveria ser consultada e estaria autorizada a considerar os efeitos da construção em áreas próximas a aeroportos por supor um perigo potencial para a navegação aérea. Embora a entidade não impeça projetos de construção, ela poderia identificar obstáculos que diminuem o espaço de segurança durante a decolagem para, assim, emitir uma sentença de risco que as autoridades de zoneamento podem considerar na emissão de licenças ou seguros para o projeto.

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O Projeto Piloto Nacional OEI é a base da nova iniciativa proposta pela autoridade americana. O programa foi iniciado em 2008 e implementado com sucesso em cinco aeroportos cujas pistas de decolagem estavam afetadas pela proximidade de obstáculos como prédios, por exemplo. O atual projeto incentiva os operadores de aeroportos, companhias aéreas e a comunidade a trabalhar em conjunto no desenvolvimento de propostas dedicadas a solucionar os problemas de pistas com limites críticos. Dessa forma, as pistas seriam adquiridas pela FAA e as propostas seriam aplicáveis com o objetivo de alterar essas estruturas.

Caso um grande número de propostas sejam recebidas, a FAA priorizará os aeroportos centrais e com maior movimento.

Crescimento desordenado

O aumento das construções ao redor dos aeroportos, nos últimos 40 anos, tem incrementado o risco de decolagens seguras em caso de uma falha no motor durante a partida do avião. “O espaço aéreo navegável está sendo invadido com o efeito da redução da disponibilidade para as operações da aviação. Estruturas tão diversas como torres e turbinas eólicas estão sendo construídas em número cada vez maior perto de muitos aeroportos”, declarou a FAA em uma nota.

No passado, a FAA não levava em consideração os procedimentos de emergência, como voar com “um motor inoperativo” (OEI), na realização de estudos aeronáutico das pistas. Antes, só era levada em conta a questão econômica, já que não existia um nível de invasão tão grave como o visto nos últimos anos.

Atualmente, cada companhia aérea deve estabelecer seu próprio caminho de voo livre de obstáculos no caso de um motor falhar durante a decolagem. Se isso acontecer, a aeronave terá que descarregar carga, combustível e até passageiros. Por isso, a necessidade de um espaço livre.

A construção de cidades perto dos aeroportos não só influencia a segurança na aviação, mas também é prejudicial para os moradores, que têm que conviver com problemas de ruído e de contaminação, além da possibilidade de se envolver em um acidente aéreo.

Ana Abril com informações da Courthhouse News Service

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Redação Revista Embarque

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