Carência de ferro atinge 1, 6 bilhão de pessoas no mundo

15 de julho de 2014

Os principais afetados são crianças, mulheres em idade fértil e gestantes

O ferro é um nutriente essencial para a vida e atua, principalmente, na formação de células vermelhas do sangue, no transporte do oxigênio no organismo e também está envolvido na função imunológica e no desenvolvimento cognitivo das crianças. Você sabia que a anemia por deficiência de ferro no organismo é a carência nutricional de maior magnitude no mundo? Este é um problema que atinge países desenvolvidos e em desenvolvimento. Os principais afetados pela deficiência de ferro são crianças, mulheres em idade fértil e gestantes. (foto: gestante no atendimento do Programa Nacional de Suplementação de Ferro)

Por isso, o Ministério da Saúde recomenda uma série de ações voltadas para a prevenção e controle da anemia, tais como: o incentivo à amamentação exclusiva durante os primeiros seis meses de vida da criança; a promoção da alimentação complementar saudável; a suplementação profilática com ferro para crianças de seis a 24 meses de idade, gestantes e mulheres no pós-parto. Na atenção básica, os suplementos de ferro são distribuídos para crianças e gestantes desde 2005, por meio do Programa Nacional de Suplementação de Ferro.

No Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde – PNDS, realizada em 2006, a prevalência de anemia observada entre crianças menores de cinco anos era de 20,9%, sendo de 24,1% em crianças menores de dois anos. Em mulheres em idade fértil, a prevalência de anemia observada foi de 29,4%. Em termos globais, de acordo com estimativa realizada em 2008 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a carência de ferro afetava 1,62 bilhões de pessoas.

Um estudo de 2010 publicado na Revista de Nutrição de Campinas juntou as informações de diversos estudos para chegar a um número médio de casos de anemia. Os resultados apontam que 60,2% das crianças menores de cinco anos atendidas nas Unidades Básicas de Saúde apresentavam anemia. As principais consequências da deficiência são distúrbios psicológicos e comportamentais, diminuição da capacidade de aprendizagem, constantes infecções devido à debilitação da defesa imunológica e, em casos mais extremos, até a morte.

A nutricionista da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição – CGAN, Gilsiane Espinosa, orienta que o tratamento da anemia ferropriva já diagnosticada deve ser prescrito de acordo com a conduta clínica definida pelo profissional de saúde responsável, seguindo as diretrizes específicas propostas para cada faixa etária.

Fortificação de alimentos

A educação alimentar e nutricional tem papel fundamental na prevenção da anemia ferropriva. “Como forma de prevenção, estimula-se o consumo de ferro na alimentação com a ingestão de alimentos habituais com densidade de ferro adequada”, explica a nutricionista.

O ferro se apresenta em alguns alimentos de origem vegetal e animal, como carnes e vísceras, que são bem absorvidos pelo organismo humano. O ferro contido em ovos, cereais, leguminosas, como feijão, e em hortaliças, como a beterraba, também são aproveitados pelo organismo.

Com informações do BLOG da Saúde 

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Redação Revista Embarque

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