Especialista explica como conquistar um envelhecimento ativo e saudável

Os avanços da medicina nutrológica apontam que é possível construir um envelhecimento com mais qualidade.

Por: Redação da Revista Embarque - 26 de setembro de 2025

Foto: Profa. Dra. Socorro Morais, médica ginecologista e nutróloga,

A expectativa de vida das mulheres brasileiras segue em ascensão. De acordo com dados de 2025 do IBGE, elas vivem, em média, 81 anos, cerca de 7 a 9 anos a mais que os homens. No entanto, longevidade não significa automaticamente qualidade de vida aos anos adicionados. Felizmente, com os avanços da medicina nutrológica, da saúde da mulher e das novas abordagens integradas da ginecologia da mulher 40+, é possível construir um envelhecimento com mais qualidade de vida, autonomia, independência e bem-estar.

“O envelhecimento ativo está relacionado à manutenção da funcionalidade física e cognitiva, ao equilíbrio emocional e à participação social da mulher envelhescente. Não se trata apenas de evitar doenças, mas de viver com vitalidade e propósito”, explica a Profa. Dra. Socorro Morais, médica ginecologista e nutróloga, diretora e coordenadora do curso nacional de nutrologia da mulher da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia), CEO do Instituto Ser Melhor e palestrante do Congresso Brasileiro de Nutrologia (CBN) 2025.

Os pilares de um envelhecimento bem-sucedido passam por intervenções e mudanças no estilo de vida, desde a transição menopausica, por volta dos 38-40 anos. Nessa fase, as mulheres enfrentam sintomas que impactam sua rotina, qualidade de vida e autoestima, passando pelos mais clássicos como ondas de calor, insônia, alterações de humor e baixa da libido, até ganho de peso, perda de massa muscular, alterações de memória conhecida como “brain fog” e dificuldade de concentração.

Esses agravos e sintomas exigem uma abordagem personalizada, abrangente, que inclui alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, apoio psicológico, terapias complementares e terapia hormonal. “Cada mulher tem sua transição menopausica ou climatério e requer cuidados individualizados, multiprofissionais e integrados”, destaca.

A especialista afirma, ainda, que a alimentação tem impacto direto na qualidade do envelhecimento. “Pequenos ajustes podem prevenir doenças e ajudar a melhorar sintomas da menopausa”. O bem-estar emocional é outro fator decisivo. Estratégias como meditação e atividades sociais ajudam a combater o estresse, a ansiedade e o isolamento – fatores que aumentam o risco de depressão e declínio cognitivo. “Envelhecer com saúde é também manter projetos, estabelecer rotinas prazerosas e cultivar relações significativas. O cérebro precisa ser estimulado e nutrido com bons vínculos”, complementa a médica.

O que comer para viver mais e melhor:

Frutas vermelhas – morango, amora e mirtilo são ricas em antioxidantes que combatem o envelhecimento celular.

Legumes amarelos – ricos em carotenoides para preservar saúde da pele.

Peixes gordurosos – como salmão e sardinha, que são fontes de ômega-3, que protege o coração e o cérebro.

Vegetais verde-escuros – espinafre, couve, brócolis, por exemplo, são ricos em cálcio, magnésio e fibras.

Oleaginosas – castanhas, nozes, amêndoas: ajudam no controle do colesterol e são fonte de gorduras boas.

Leguminosas – o feijão, grão-de-bico e a lentilha são excelentes fontes de proteína vegetal e fibras.

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Redação Revista Embarque

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