ONU condena racismo contra jogador Vinícius Jr.

No domingo, o atleta foi alvo do abuso, em campo, durante um jogo do Real Madrid, na Espanha.

Por: Redação da Revista Embarque - 24 de maio de 2023

O alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Turk, condenou nesta quarta-feira, dia (24), os ataques racistas ao jogador de futebol brasileiro Vinícius Junior. No domingo, o atleta foi alvo do abuso, em campo, durante um jogo do Real Madrid, na Espanha. (FOTO: SUSANA VERA/CREATIVE COMMONS)

Para Turk, o episódio é a prova do racismo no futebol.

O alto comissário afirmou que esse é um “lembrete alarmante da prevalência do racismo no esporte”. Falando a jornalistas, na sede da ONU em Genebra, Suíça, ele fez um apelo aos organizadores de eventos esportivos por “estratégias de prevenção e combate ao racismo”.

Volker Turk das afirmou que “muito mais precisa ser feito” para erradicar a discriminação racial.

O chefe de direitos humanos enfatizou que o primeiro passo deve ser ouvir os descendentes de africanos para que eles possam se “envolver significativamente tomando medidas genuínas para agir de acordo com suas preocupações”.

Para Turk, é necessário olhar com bastante rigor a questão dos direitos humanos nos esportes, por uma ampla gama de perspectivas. Ele mencionou que seu escritório irá preparar nas próximas semanas um relatório sobre o tema.

Compreensão e inclusão

O objetivo é fornecer orientações e diretrizes de direitos humanos para federações esportivas e organizadores de eventos no setor. Segundo Turk, o esforço pode contribuir para o combate à discriminação e ao racismo e para avançar em inclusão e participação.

Para ele discriminação contra mulheres e pessoas lgbtqi+ também precisam ser respondidas no meio esportivo.

Um dia após o incidente na Espanha, a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, Audrey Azoulay, também se manifestou sobre o caso do atacante Vinicius Júnior.

Em uma declaração nas redes sociais, ela lembrou que o jogador brasileiro “foi alvo de calúnias racistas mais uma vez”.

Azoulay disse apoiar o desportista na “luta contra a discriminação e a intolerância” e que a “compreensão e a inclusão devem ser reafirmadas no coração de todos os estádios”.

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Redação Revista Embarque

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