Antigo avião presidencial vira sucata

Boeing 707 KC-137 serviu ex-presidentes da República de 1986 a 2013

26 de outubro de 2015

A retroescavadeira levou pouco mais de dois minutos para partir o Boeing 707 KC-137 nº 2401 ao meio. Foi no Parque de Material Aeronáutico do Galeão, no Rio de Janeiro. Mas demorou quase um mês para que o Sucatão definitivamente fizesse jus ao apelido.

Em março do ano passado, o antigo avião presidencial virou sucata após seu desmonte completo. A aeronave foi vendida por R$ 13,5 mil num leilão pela internet, valor medido pelo peso de sua estrutura metálica reaproveitável.

Comprado da Varig em 1986, o Boeing serviu a todos os presidentes eleitos após a redemocratização até Luiz Inácio Lula da Silva.

O antigo avião presidencial continuou sendo usado até outubro de 2013, quando foi aposentado junto de outros dois do mesmo modelo (2402 e 2403) que serviam de apoio às viagens internacionais dos chefes de Estado.

De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), a destruição era necessária para preservar segredos militares e evitar a reutilização de equipamentos aeronáuticos.

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Histórico

O Boeing 707 ganhou o apelido de Sucatão em 1996, no governo Fernando Henrique Cardoso, quando se cogitou comprar um novo avião.

Em 1999, a turbina do 2403 pegou fogo em pleno voo com o então vice-presidente Marco Maciel. FHC decidiu deixar de usar o modelo e passou a fretar voos da TAM.

Lula o reativou em 2003, mas logo decidiu aposentá-lo. O nível de ruído emitido já não era aceito na maioria dos aeroportos europeus e o consumo de combustível era alto.

Com capacidade de abastecimento em voo, o Boeing 707 KC-137 seguiu sendo usado para deslocamento de tropas, como para o Haiti. Chegou a ser usado para transporte de civis durante o caos nos aeroportos em 2006, em socorro a passageiros da TAM.

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Redação Revista Embarque

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