Demanda por transporte aéreo cresce em setembro

22 de outubro de 2014

Os dados são da Associação Brasileira das Empresas Aéreas

A procura por transporte aéreo doméstico no Brasil cresceu 3% em setembro na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com balanço mensal da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne as empresas Avianca, TAM, Gol e Azul. No acumulado do ano, a expansão alcançou 5,4%. No trimestre houve elevação de 3,04% ante o mesmo período do ano passado.

Entretanto, comparada a agosto a demanda de setembro caiu 3,75%. Os dados mostram que, em setembro, embarcaram 6,7 milhões de passageiros nas aeronaves das empresas associadas à Abear, 3,8% a mais do que em setembro de 2013. No trimestre o número atingiu 20,5 milhões de pessoas, 2,9% a mais do que no terceiro trimestre do ano passado. No acumulado do ano, os embarcados totalizaram 59,1 milhões, o que representa um crescimento de 3,7% com relação a de janeiro a setembro de 2013.

Segundo o balanço da Abear, a oferta das empresas teve em setembro seu primeiro crescimento desde janeiro de 2014, 1,3% ante agosto. Com relação a setembro do ano passado houve elevação de 78,67%.

Na avaliação do presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, o clima favorável que perdurou por um longo período somado a ações de marketing das empresas, e a um público de lazer a bordo muito significativo no pós-Copa do Mundo, contribuíram para o aumento da demanda. “A isso somamos também a disciplina de oferta com voos com boa ocupação. Mesmo assim destacamos que a economia andando de lado e o período eleitoral influenciam. E há áreas no país que começaram recentemente a ter desenvolvimento, o que se dá depois da decisão de investimento público”.

Para Sanovicz, os resultados de 2015 dependem de questões centrais e, de alguma forma, o setor sofre com decisões estratégicas no âmbito público. Uma delas é o preço do combustível dos aviões que tem variação de US$ 4,1 a US$ 5 o galão, enquanto em outros países esse valor fica em torno de US$ 3.

Ele disse ainda esperar a ampliação da infraestrutura aeroportuária e o fortalecimento do papel da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) e da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República. “As demandas são importantes para cumprirmos a meta de alcançarmos. 2 milhões de passageiros em 2020, anunciada pela Abear no ano passado. Essa pode ser nossa contribuição para a economia”. Sanovicz observou ainda que o setor depende de decisões macroeconômicas em razão de sua exposição à variação do câmbio.

Os dados divulgados pela Abear apontam também que a demanda pelos voos internacionais cresceu 8,7% sobre setembro do ano passado quando a demanda havia crescido 1,8% sobre o mesmo período anterior. No terceiro trimestre também foi registrado crescimento (8,3%) e no acumulado do ano de 4,4%. Porém, com relação a agosto houve queda de 4,76%.

Receita do setor de serviços cresce 4,5%

A receita do setor de serviços teve um crescimento nominal (sem considerar a inflação do período) de 4,5% em agosto, na comparação com igual mês de 2013, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, a receita dos serviços acumula alta de 6,7% e, em 12 meses, de 7,4%.

O crescimento ocorreu em 23 das 27 unidades da Federação, na comparação com agosto de 2013. Os destaques foram Distrito Federal (13,2%), Acre (11,2%) e Tocantins e Rondônia (ambas com 8,2%). Já as variações nominais negativas foram Amapá (-3,9%), Piauí (-2,0%), Mato Grosso do Sul (-1,2%) e Espírito Santo (-0,6%).

Os serviços prestados às famílias registraram crescimento de 9,0%; os serviços de informação e comunicação, de 1,7%; os serviços profissionais, administrativos e complementares, de 7,9%; transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, de 3,2%; e outros serviços, de 10,6%.

 

Com informação da Agência Brasil e Portal Brasil

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Redação Revista Embarque

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