Embarque 360º fala a importância de programas de saúde mental nas empresas

A especialista, Claudia Lima, defende que as empresas humanizem as relações de trabalho com a participação dos trabalhadores

Por: Viviane Barbosa, Redação Revista Embarque - 12 de maio de 2021

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o Brasil é o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. O tema saúde mental ganhou projeção com a pandemia da Covid-19.

Uma pesquisa da Fundação Dom Cabral (FDC) e Talenses Group revela que a pandemia prejudicou a saúde mental de 73,8% dos mais de 500 profissionais entrevistados. Entre os pesquisados, 53% conhecem alguém que tenha sofrido burnout – um estado de estresse crônico causado pelo trabalho que leva à exaustão física e emocional.

As empresas têm adotado programas de saúde mental para cuidar de seus profissionais?

Esses são os temas do Podcast semanal Embarque 360º, apresentado pela jornalista especializada no mundo do trabalho da aviação, Viviane Barbosa. O programa entrevistou a psicóloga e especialista em Saúde Pública, Claudia Rejane de Lima, com 30 anos de experiência em entidades sindicais.

A especialista defende que as empresas humanizem as relações de trabalho, mas alerta que hoje infelizmente não é isso que vem acontecendo.

“O limite de atuação dos profissionais vai até onde as empesas permitem. Hoje existem problemas sérios provocados pela organização do trabalho: sistemas de avaliação, desempenho, metas, ritmos exaustivos, assédio moral. Seria interessante, do ponto de vista saúde mental, que os trabalhadores tivessem a possibilidade de inserção mais efetiva no planejamento do trabalho das empresas para que pudessem ajustar o trabalho aos seus limites físicos e psíquicos”.

Claudia explica que o interesse das empresas é produzir mais, com menos gente e isso caminha na contramão da saúde. A especialista também analisa os problemas da queda do bem-estar no trabalho remoto, mais conhecido como home-office.

“Embora, o Ministério Público do Trabalho tenha fixado recomendações, entre elas o controle da jornada, tem se trabalho mais e com mais mecanismos de controle e sem uma fronteira clara de diferenciação entre o tempo pessoal e o profissional. As mulheres, por exemplo, vivem agora uma tripla e quarta jornadas intensificadas”, explica.

À podcaster Viviane Barbosa, a especialista falou as diferenças entre a ansiedade, a depressão, o burnout e quando é a hora de pedir ajuda. “O fato de você estar triste não significa que está deprimido. Nunca conseguiremos viver sem estresse; embora a sociedade exija que estejamos sempre contentes, a vida não é assim. Sentir tristeza é normal, anormal é não sentir”, responde.

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Redação Revista Embarque

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