Exposição nova arte de Berlim desembarca no CCBB Rio de Janeiro

Mostra Zeitgeist traz a recente produção da nova geração de artistas alemães, após queda do Muro que dividiu a Alemanha

7 de dezembro de 2015

Após temporada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Belo Horizonte, a exposição Zeitgeist – A arte da nova Berlim chega ao CCBB Rio, em janeiro de 2016. A mostra reúne pela primeira vez no Brasil, um panorama consistente da produção da respeitada comunidade artística que se concentra na cidade de Berlim, na Alemanha, em um movimento que começou com o fim da Guerra Fria.

Marcada por duas guerras mundiais e dividida pelo Muro durante quase três décadas, a capital alemã se reergueu das cinzas. Da vida improvisada dos anos 1990, as contradições que caracterizaram a cidade, reinventada a partir de dois mundos, acabaram por formar, pouco a pouco, o Zeitgeist que hoje projeta sua influência muito além da Europa Central e atrai artistas do mundo todo com seu magnetismo.

A exposição é composta por pinturas, fotografias, videoarte, performance, instalações e a cultura dos famosos clubes berlinenses, na visão de 29 artistas dentre os mais destacados da arte contemporânea, que aproximará o público brasileiro da realidade artística e cultural de Berlim.

Abertura da mostra

Uma palestra com o Sven Marquardt, o mais popular host do famoso Berghain, clube underground de música Techno de Berlim, está agendada para o dia da abertura, prevista para 27 de janeiro. Além disso, tatuadores voluntários oferecerão tatuagens ao público.

Caminhos para a arte da nova Berlim

Como observadores atentos da vida da cidade, os artistas da mostra exibem aspectos marcantes da capital da Alemanha. O curador Alfons Hug indica seis “caminhos” conceituais que podem ser percorridos na exposição:

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Artista: Kitty Kraus

Tempo que corre e tempo estagnado, artistas como Michael Wesely e Mark Formanek aprofundam esses dilemas e lidam com as diferentes noções de tempo.

A ruína como categoria estética, explorado por Frank Thiel e Thomas Florschuetz (fotografias de grande formato), Cyprien Gaillard (vídeo) e Tobias Zielony (projeção de sete mil fotografias individuais

Eterna construção e demolição, com o olhar de artistas como a dupla Julius von Bismarck e Julian Charrière, Thomas Rentmeister, Kitty Kraus e o brasileiro Marcellvs L criam novas possibilidades para tratar essa tensão aparentemente eterna.

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Artista: Marcellvs L
Legenda: 52º30’50.13″N13º22’42.05″E’

O vazio e o provisório, com as pinturas extremas (formas duras e estruturas claras se mesclam com elementos flexíveis em ousadas colorações) de Thomas Scheibitz, a melancolia de Sergej Jensen, que espalha tons de cinza e marrom sobre restos de tecidos, as influências de Norbert Bisky e a pop art. de Franz Ackermann.

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Artista: Franz Ackermann Legenda: My Last Platform, 2013 Oil on Canvas 195 x 150 cm

Hedonismo cruel, com fotografias de Friederike von Rauch e Martin Eberle, instalações de Marc Brandenburg, criadas a partir de motivos extraídos do cotidiano da área e da vida nos clubs, os vídeos de Julian Rosefeldt e Reynold Reynolds, que ambientam os anos 20 e 30. E para completar este segmento sete DJs de Berlim e uma instalação visual/sonora com fotografias de Sven Marquardt e música de Marcel Dettmann resgatam as lendárias noites de Berlim.

Novos mapas e os outros modernos, nesse panorama se inserem o vídeo A caça, de Christian Jankowski, que incorpora novos elementos a uma visão diferenciada da arte.

Serviço
Zeitgeist – A arte da nova Berlim
Quando: De 27 de janeiro a 4 de abril de 2016
Local: Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB/RJ)
Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – Rio de Janeiro/RJ
Horários: De quarta a segunda de 9 às 21h
Entrada Gratuita
Mais informações: www.culturabancodobrasil.com.br

Redação Revista Embarque

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