OMS e OIT divulgam diretrizes para enfrentar problemas de saúde mental no trabalho
Estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido à depressão e à ansiedade.
Por: Organização Internacional do Trabalho - 3 de outubro de 2022
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) pediram ações concretas para lidar com questões de saúde mental na população ativa. Estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido à depressão e à ansiedade que custam à economia global quase um trilhão de dólares. Além da nota da OMS/OIT a Organização Mundial de Saúde publicou, dia 28 de setembro, o WHO Guidelines on mental health at work (em tradução livre, Diretrizes da OIT sobre saúde mental no trabalho). (Foto FreePick)
As diretrizes globais da OMS recomendam ações para enfrentar os riscos para a saúde mental no trabalho, entre eles jornadas excessivas, comportamentos negativos e outros fatores que criam angústia no espaço laboral. Pela primeira vez, recomenda o treinamento de gerências para construir sua capacidade de evitar ambientes de trabalho estressantes e responder aos trabalhadores e às trabalhadoras em perigo.
O Relatório Mundial de Saúde Mental da OMS publicado em junho de 2022, mostra que cerca de um bilhão de pessoas viviam com algum transtorno mental em 2019; dessas, 15% dos adultos em idade ativa foram acometidos por problemas oriundos das relações laborais e que afetam negativamente a saúde mental, como discriminação e desigualdade, bullying e violência psicológica (mobbing, em inglês), que estão entre as principais queixas de assédio no local de trabalho.
As diretrizes também recomendam melhores maneiras de acomodar as necessidades de trabalhadores e trabalhadoras com condições de saúde mental, propõem intervenções que apoiam seu retorno ao trabalho e, para as pessoas com condições graves de saúde mental, fornecem intervenções que facilitam a entrada no emprego remunerado. É importante ressaltar que as diretrizes exigem intervenções destinadas à proteção dos trabalhadores e das trabalhadoras de saúde, humanitários e de emergência.
A COVID-19 desencadeou um aumento de 25 % na ansiedade e depressão geral em todo o mundo , expondo como os governos estavam despreparados para lidar com o impacto na saúde mental e revelando uma escassez global crônica de recursos para lidar com a saúde mental. Em 2020, os governos em todo o mundo gastaram uma média de apenas 2% dos orçamentos de saúde em saúde mental, sendo que os países de renda média baixa investiram menos de 1%.
Redação Revista Embarque
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