Viajantes estão preocupados com COVID-19 nos voos, revela IATA

No entanto, apoiam as medidas adotadas pelos governos e empresas aéreas, que recomendam o uso obrigatório de máscaras e a higienização das aeronaves.

Por: Viviane Barbosa, da Redação Revista Embarque - 15 de julho de 2020

voo

Os passageiros planejam voltar a voar, mas ainda estão com medo de pegar COVID-19 durante os voos. É o que revela uma nova pesquisa de opinião pública encomendada pela IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo), que representa a indústria da aviação, divulgada no dia (7).

Os planos de retomada do setor atendem às principais preocupações dos passageiros.

Segundo a pesquisa, os viajantes têm tomado medidas de prevenção à doença: 77% disseram que estão lavando as mãos com mais frequência, 71% evitam grandes reuniões e 67% usam máscara facial em público.

O levantamento mostra que cerca de 58% dos entrevistados disseram ter evitado as viagens aéreas e 33% informaram que evitarão as viagens no futuro como uma medida para reduzir o contágio da COVID-19.

Os viajantes identificaram três principais preocupações de pegar COVID-19 nos aeroportos:

Aeronaves a bordo
1. Estar em um ônibus / trem lotado a caminho da aeronave (59%)
1. Sentado ao lado de alguém que pode estar infectado (65%)
2. Filas no check-in / segurança / controle de fronteira ou embarque (42%)
2. Uso de banheiros / sanitários (42%)
3. Utilizar banheiros / instalações sanitárias do aeroporto (38%)
3. Respirar o ar no avião (37%)

Quando solicitados a classificar as três principais medidas que os tornariam mais seguros, 37% citaram a triagem do COVID-19 nos aeroportos, 34% concordaram com o uso obrigatório de máscaras faciais e 33% observaram medidas de distanciamento social em aeronaves.

Segundo o levantamento, os passageiros apoiam as medidas adotadas pelos aeroportos e empresas aéreas para evitar a contaminação pelo vírus, citando:

Passando por verificações de temperatura (43%)
Usando uma máscara durante a viagem (42%)
Check-in online para minimizar interações no aeroporto (40%)
Fazer o teste COVID-19 antes da viagem (39%)

Aviões

Os viajantes têm dúvidas sobre a qualidade do ar na cabine: 57% acreditam que é perigosa, e 55% disseram que era tão limpa quanto o ar na sala de operações de um hospital.

A IATA explica que a qualidade do ar nas aeronaves é muito melhor do que a maioria dos outros ambientes fechados, reduzindo o risco de transmissão a bordo. “Os filtros de ar particulado de alta eficiência (HEPA), semelhantes aos usados nos hospitais, capturam bem mais de 99,999% dos germes, incluindo o Coronavírus”, disse nota da entidade.

 

Distanciamento social

A IATA defende o uso obrigatório de máscara facial para prevenir da contaminação do coronavírus (COVID-19), medida adotado por alguns países, entre eles o Brasil, quando o distanciamento social não for possível, como é o caso no transporte público.

Essa medida está alinhado com a orientação da OACI (Organização Internacional de Aviação Civil).

“As pessoas estão claramente preocupadas com a COVID-19 quando viajam. No entanto, sentem-se seguras com as medidas adotadas pelos governos e pelas empresas aéreas, que recomendam o uso obrigatório de máscaras e a higienização das aeronaves. Tais ações mostram que estamos no caminho certo para resgatar a confiança dos passageiros nas viagens. Mas vai levar um tempo. É fundamental que os governos implementem essas medidas globalmente ”, disse Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da IATA.

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Redação Revista Embarque

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