Finlândia é o país mais feliz do mundo, aponta pesquisa

De um total de 153 países do estudo, o Brasil ficou na 41ª posição, com a nota 6.11.

Por: Redação Revista Embarque - 12 de setembro de 2021

Pelo quarto ano consecutivo, a Finlândia é considerada o país mais feliz do mundo, seguido pela Islândia e Dinamarca, em segunda e terceira posição, respectivamente. (cidade de Porvoo na Finlândia – foto:  Paul Theodor Oja no Pexels)

É o que revela um estudo da plataforma CupomValido.com.br que reuniu dados do World Happiness Report, Nature e Harvard, sobre o nível de felicidade ao redor do globo.
Foram considerados seis fatores para medir o nível de felicidade: apoio social, ausência de corrupção, expectativa de vida, generosidade, liberdade para escolhas na vida, PIB per capita, e vida saudável.

Ao somar cada um dos fatores, foi dada uma pontuação para cada país, onde a Finlândia atingiu a nota máxima de 7.80, e o Afeganistão a menor nota, de 2.56. De um total de 153 países do estudo, o Brasil ficou na 41ª posição, com a nota 6.11. Longe do topo, mas acima da média mundial (5.5) e bem afastado das piores posições, como o Afeganistão, Sudão do Sul e Zimbábue.

Países nórdicos no topo do ranking
O motivo dos países nórdicos estarem no topo do ranking, não pode ser explicado por um único fator, mas sim por um conjunto deles. Nestes países, tanto a saúde quanto a educação são totalmente gratuitos, além de se ter um baixo nível de criminalidade em comparação com a média mundial.
No caso da Suécia, por exemplo, os pais de recém-nascido têm direito a 480 dias de licença trabalhista, com 80% do salário garantido.
Os países nórdicos parecem ter encontrado o balanço entre o trabalho e a vida pessoal, que tem contribuído para estarem continuamente entre os países mais felizes do mundo.

Países pesquisados
Após uma análise com mais de 1.7 milhão de pessoas em 164 países, os pesquisadores descobriram a resposta para esta pergunta. A conclusão é o dinheiro influencia sim no nível de felicidade. Porém, após se conseguir os itens básicos, como alimentação, saúde e moradia, a quantidade de dinheiro tende a ser cada vez menos relevante.

Segundo a pesquisa, o valor anual para se atingir o ápice de satisfação é de U$95 mil dólares por ano (R$494 mil por ano, ou aproximadamente R$41 mil por mês). Já para se obter o bem-estar emocional, o valor é menor, varia de U$60 mil e U$75 mil ao ano (R$312 mil e R$390 mil por ano, ou R$26 mil e R$32 mil por mês).

O valor de U$95 mil é uma média mundial, ao levar em consideração os países da América Latina, o valor é ainda menor, U$35 mil ao ano (R$ 182 mil por ano, ou R$ 15 mil por mês).
Lembrando que o estudo mostra o valor máximo, e não o valor necessário para ser feliz.
Portanto, por mais que no Brasil o salário mínimo é de R$1.100, e a renda domiciliar per capita é de R$ 1.380 – valor muito abaixo dos U$95 mil anuais – o país se encontra numa posição acima da média ao compararmos o nível de felicidade com outros países do globo. Segundo o estudo, ao considerar somente os países da América Latina por exemplo, o Brasil fica atrás somente do Uruguai.

Não é sobre o dinheiro
Numa pesquisa realizada com millenials (geração nascida entre 1981 e 1996) mais de 80% responderam que a meta número um de vida era ser rico, e 50% responderam que a segunda meta era ser famoso. Dinheiro e fama dão a impressão de que são itens necessários para uma vida feliz. Porém, pesquisadores de Harvard discordam desta afirmação.

Harvard está realizando o estudo mais longínquo já existente sobre a felicidade. Com início no ano de 1938, o estudo com mais de 8 décadas está analisando 700 homens durante toda a sua vida para descobrir lições sobre a felicidade.

Segundo o atual diretor do estudo Robert Waldinger, apesar da pesquisa ainda estar em andamento, já existem algumas lições a ser retirada. “A solidão mata. É tão forte quanto o vício em cigarros ou álcool”, afirma o pesquisador.  O inverso também é verdade. Existe uma correlação muito alta entre as pessoas que tem relações próximas e o nível de felicidade.
Segundo o estudo, o fator principal relacionado a um alto nível de felicidade, são as conexões com os amigos, família e a comunidade ao redor.

“É tudo uma questão de relacionamento. A mensagem resumida é que os relacionamentos nos tornam mais felizes. No entanto, a mensagem mais longa é sobre como é preciso trabalho – e trabalho constante – para cuidar dos relacionamentos. Nunca estamos em um lugar onde podemos dizer: ‘Ok, meus relacionamentos são bons, é isso, terminei’. As pessoas estão sempre mudando, nós estamos sempre mudando, então os relacionamentos estão sempre mudando. Cuidar de nossos relacionamentos é um projeto contínuo, mas vale a pena. Vale a pena o investimento.” afirma o pesquisador.

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Redação Revista Embarque

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