Ópera ‘Orphée’ estreia na América Latina no dia 25 de outubro no Theatro Municipal do RJ

Obra de Philip Glass, sobre o filme homônimo de Jean Cocteau é uma parábola da vida do artista

Por: Redação Revista Embarque - 11 de outubro de 2019

Divulgação/Google

Escrita por um dos mais influentes artistas do fim do século XX, Philip Glass, conhecido por seu estilo minimalista, a ópera “Orphée” foi composta tendo por base o famoso filme homônimo, dirigido por Jean Cocteau em 1950. Glass não só musicou como também escreveu o libreto, tirado diretamente do roteiro cinematográfico, em uma versão fiel ao desenrolar do filme “Orphée”.

Dessa adaptação para os palcos, em dois atos e 18 cenas, surgiu uma obra singular, que captou das telas o clima onírico e surrealista de Cocteau. Na versão de Glass, que estreou em 1993 no American Repertory Theatre, em Massachusetts (EUA), o mito grego de Orfeu é usado para contar a parábola da vida de um artista e do poder da arte. “Orphée” é um poeta hostilizado e mal compreendido: apesar do talento e sucesso, é ridicularizado por seus pares, rejeição que nele provoca um isolamento devastador. Depois que recupera sua força emocional, “Orphée” se sente capaz de superar as dificuldades da vida cotidiana e se liberta para ser o poeta que sempre quis.

Como no filme de Jean Cocteau, o “Orphée” da ópera de Glass busca sua mulher no mundo dos mortos e retorna com ela para a vida de antes: o amor triunfa e o casal permanece junto, sem nenhuma lembrança do tempo incomum que vivenciaram naquele misterioso reino que separa os dois mundos, os dos mortos e dos vivos.

Primeira ópera da Trilogia Cocteau, “Orphée” teve sua première europeia em Londres, em 2005, no Teatro Linbury da Royal Opera House. Em 2007, foi encenada no Linz State Theatre, na Áustria; ainda no mesmo ano, no Glimmerglass Festival, em Otsego Lake, nos EUA. Desse ano em diante, todas as montagens foram nos EUA. Em 2009, na Portland Opera, no estado do Óregon; em 2011, no Herbst Theatre , em San Francisco; e, no ano seguinte, no Centro de Artes de Fairfax, na Virgínia.

Esta montagem carioca, em sua estreia na América Latina, com cinco récitas programadas, tem o Patrocínio Ouro da Petrobras. A direção-geral é de Felipe Hirsch, direção de arte de Daniela Thomas e Felipe Tassara e iluminação de Beto Bruel. O barítono Leonardo Neiva interpretará o papel-título, acompanhado de grande elenco, solistas e da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal. A direção musical e regência são de Priscila Bomfim.

Segundo o diretor artístico André Heller-Lopes, “o Rio de Janeiro tem, historicamente, a tradição de ser o palco da estreia latino-americana de muitos títulos importantes; basta lembrar que fomos a terceira cidade do mundo a ouvir a ópera ‘Ernani’, de Verdi.  Ao encenar pela primeira vez na América Latina uma obra tão hipnotizante como o ‘Orphée’, de Glass, o Theatro Municipal reafirma seu lugar de protagonismo em primeiras audições nacionais, como foi ao longo de todos seus 110 anos de história. Depois dos heróis de Côndor, Hoffmann e Fausto, é a ópera do nosso tempo que solta sua voz através do mito de Orfeu”.

“Orphée” também contará com a participação especial de artistas do Ballet do Theatro Municipal, em uma linguagem dança-teatro, na qual os bailarinos fazem um contraponto dramatúrgico aos principais personagens da ópera – dentre eles sete bailarinos veteranos, que emprestam a maturidade de seus corpos e de sua arte à narrativa dramática, numa iniciativa do TMRJ de desafio de limites e de inclusão. A primeira solista do Ballet do Theatro Municipal Priscila Albuquerque faz a direção de movimento desse elenco, que conta com nomes de referência do balé nacional como Áurea Hammerli e Francisco Timbó.

Sobre a Regente:

Priscila Bomfim é pianista e maestrina assistente da Orquestra Sinfônica no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Além de seu reconhecido trabalho como pianista, Priscila Bomfim desenvolve paralelamente carreira como regente,  tendo sido a primeira mulher a reger óperas da temporada do Theatro Municipal – Serse, de Handel (2016), La Tragédie de Carmen, de Bizet/Constant (2017)  Un Ballo in Maschera, de Verdi (2018) e Os Contos de Hoffmann, de Offenbach (2019).

Apresentou-se em concertos à frente das Orquestras Sinfônica Nacional do Chile (Chile), Sinfônica Jovem de São Petersburgo (Rússia), Filarmônica de Minas Gerais (MG), Sinfônica de Santo André (SP), Sinfônica Cesgranrio (RJ) e Järvi Academy Sinfonietta (Estônia), durante cursos com os maestros Leonid Grin, Alexander Polianychko, Fabio Mechetti, Abel Rocha, Isaac Karabtchevsky, Neeme Järvi e Paavo Järvi.

Em 2018, além de concertos com a Orquestra Sinfônica da Bahia, a Orquestra Académica Bomfim (Portugal) e a ópera de câmara Piedade, de João Guilherme Ripper, na Sala Cecília Meireles, foi uma das seis maestrinas escolhidas internacionalmente para participar da 4ª Residência do Linda and Mitch Hart Institute para Mulheres Regentes, do The Dallas Opera (Texas/EUA).

Priscila nasceu e iniciou seus estudos musicais em Portugal. Na UFRJ, graduou-se em Piano, Regência Orquestral com o maestro Ernani Aguiar, e concluiu o Mestrado em Piano com um relevante trabalho sobre Leitura à Primeira Vista ao Piano.

É maestrina convidada da Orquestra Sinfônica de Mulheres do Rio de Janeiro, orquestra sinfônica que marca a representatividade feminina no meio musical no RJ.

Elenco

Orphée – Leonardo Neiva

Princesa – Carla Caramujo

Euridice – Ludmilla Bauerfeldt

Heurtebise – Giovanni Tristacci

Cégeste – Geilson Santos *

Aglaonice – Lara Cavalcanti *

Juiz/Poeta – Murilo Neves

Reporter/Glazier – Ivan Jorgensen*

Comissário/Policial – Patrick Oliveira *

(*solistas do TMRJ)

Orquestra Sinfônica do TMRJ

Direção musical e Regência – Priscila Bomfim

Direção Geral – Felipe Hirsch

Direção de Arte – Daniela Thomas e Felipe Tassara

Iluminação – Beto Bruel
Figurinos – Marcelo Pies

Participação especial do Ballet do Theatro Municipal, com direção de movimento da primeira solista Priscila Albuquerque

Serviço:

Ópera Orphée

Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Endereço: Praça Floriano s/n° – Centro

Datas e horários:

25, 26, 29 e 31/10 às 20h

27/10 às 17h

Lotação – 2.226 lugares

Duração total do espetáculo – 1h40

Ingressos na bilheteria ou no ingressorapido.com

Preços dos ingressos:

Frisas e camarotes – R$ 600,00

Plateia e balcão nobre – R$ 100,00

Balcão superior – R$ 70,00

Balcão superior lateral – R$40,00

Galeria – R$40,00

Galeria lateral – R$ 20,00

 

Homepage: http://www.theatromunicipal.rj.gov.br/

Instagram: @theatromunipalrj

Facebook: https://www.facebook.com/theatro.municipal.3/

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