Salvador ganha prêmio internacional de Melhor Destino de Afroturismo

Iniciativa que cria roteiros por comunidades quilombolas e periféricas e na atuação de profissionais negros na sua realização.

Por: Redação da Revista Embarque - 30 de janeiro de 2024

Jamile Machado ( Coordenadora de promoção da

A capital da Bahia, Salvador, foi eleita como o Melhor Destino Criativo durante a Feira Internacional de Turismo (Fitur), em Madri, na Espanha. A premiação, que aconteceu no último dia (25), foi concedida pela Rede Internacional de Turismo Criativo (Creative Tourism Network). O reconhecimento é para empresas, projetos e destinos que apostam no turismo criativo.

A cidade recebeu o prêmio por conta do Salvador Capital Afro, projeto de valorização do afroturismo por meio do fortalecimento da indústria criativa, cultural e turística negra local. O júri, formado por especialistas internacionais em marketing turístico e economia criativa, escolheu a capital dos baianos entre 92 destinos ao redor do mundo.

Na cerimônia de entrega do prêmio, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, parabenizou a cidade e ressaltou a importância do afroturismo na construção da história do povo brasileiro.

“É esse turismo que gera emprego e renda para negros como protagonistas, porque eles são a maioria da população brasileira”, completou.

O Salvador Capital Afro foi traçado pelo Plano de Desenvolvimento do Afroturismo de Salvador feito pela prefeitura local com a comunidade negra da capital, e vem sendo implementado desde 2021.

Mais da metade (56,1%) dos brasileiros são negros, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A realidade é que o Brasil possui a maior população negra fora da África e a segunda maior população negra do mundo, atrás apenas da Nigéria.

 

O que é o afroturismo?

De acordo com Milena Manhães Rodrigues, doutoranda em Turismo pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, o afroturismo pode acontecer por diversas práticas.

“Uma das principais é a criação de roteiros por comunidades quilombolas e periféricas e na atuação de profissionais negros na sua gestão e realização. Essa prática é uma atividade relacionada à reconexão com a identidade e história, reivindicando as contribuições e perspectivas negras por meio do turismo. Então envolve produtos e serviços elaborados e executados por e para pessoas negras”, explica a pesquisadora.

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Redação Revista Embarque

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