Viagem de avião com o pet: confira as recomendações

Professor de Medicina Veterinária informa dicas importantes para viajar com segurança

18 de janeiro de 2023

As férias de janeiro chegaram e as viagens planejadas começam a acontecer. Além da expectativa de um período de descanso, os donos de cães e gatos se preocupam com o animal nesse período. A partir da decisão de incluir os pets no roteiro de viagem, os tutores precisam considerar cuidados fundamentais para proporcionar uma experiência segura ao  animal.  Foto: Degroote.Stock/Freepick

Para os que desejam realizar viagens nacionais com seus animais, caso optem pelo transporte aéreo, o professor de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB), o Bruno Alvarenga, indica pesquisar as normas de transporte de animais da empresa antes de comprar a passagem, pois cada uma possui um regulamento próprio. “Vale destacar que todas as empresas exigem a carteira de vacinação com a vacina antirrábica válida, uma caixa de transporte que permita que o animal gire 360º e atestado de saúde emitido por um médico veterinário até 10 dias antes da viagem”, frisa o docente.

Em casos de viagens internacionais, o médico veterinário recomenda que o tutor busque informações sobre as normas sanitárias de entradas de animais do país de destino, normalmente disponibilizadas no site de cada entidade. “Como principais destinos dos brasileiros, temos países da União Europeia e os Estados Unidos, que possuem normas diferentes, as quais estão resumidas no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no portal GOV”.

Bruno destaca ainda a importância do planejamento para quem deseja viajar para destinos internacionais com cães e gatos. “É necessário inserir o microchip de identificação, vacinar contra Raiva e esperar 30 dias para realizar um exame que permita a obtenção do Certificado de Sorologia de Raiva, que pode levar até um mês para emissão e eventualmente precisa ser repetido”, conta.

Já com as passagens, deve-se ir ao veterinário no máximo 5 dias antes da data do embarque para obter um atestado de saúde veterinária nacional e entrar no portal GOV para emitir o Certificado Veterinário Internacional, que possui validade de 3 dias.

União Europeia

Em países da União Europeia, o especialista do CEUB conta que é exigido o uso de vermífugo e medicação de controle para pulgas e carrapatos. Já para animais com destino aos Estados Unidos, é necessário ter reserva prévia em um dos quatro Centros de Cuidados Animais Aprovados pelo CDC, onde será feito o isolamento e exames por um médico veterinário do país, para que o pet receba uma nova vacina antirrábica.

Além das exigências de saúde e burocráticas, independentemente do destino, o especialista também julga como fundamental consultar previamente se o local aceita animais em suas instalações. Outro ponto importante é manter na coleira do animal uma placa de identificação com telefone, para facilitar encontrá-lo em caso de fuga. E pesquisar unidades de atendimento veterinárias próximas ao local no qual se hospedará, para tratar alguma eventual emergência médica. “Independentemente de o animal viajar ou não com a família, é fundamental o planejamento, a fim de garantir seu bem-estar e evitar surpresas desagradáveis que possam prejudicar a viagem”, destaca.

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Redação Revista Embarque

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