62% das empresas de tecnologia planejam voltar ao presencial em 2022

Levantamento foi realizado pela Revelo, maior startup de recrutamento da América Latina

28 de dezembro de 2021

A queda nos índices de contágio do coronavírus, devido ao aumento da vacinação no Brasil,  está provocando uma movimentação nas empresas para uma possível volta ao presencial. É o que revela levantamento da Revelo, maior startup de recrutamento para o segmento da América Latina, que ouviu 24 mil empresas de tecnologia da base da entidade. A pesquisa mostra que 61,8% declararam que planejam retomar o escritório. (Foto: divulgação)

Enquanto isso, em outro levantamento da startup, cerca de 78% dos profissionais de carreiras digitais consideram trocar de emprego caso não haja flexibilidade em permanecer trabalhando de casa.

“A competição entre companhias e a escassez de profissionais capacitados já era um problema para retenção de talentos antes da pandemia, trazendo o cenário de existir duas vagas para cada candidato no mercado. Agora, a falta de flexibilização de horários e formato de trabalho pode trazer uma dificuldade adicional. Por isso, a saída é dialogar para chegar no modelo ideal de trabalho”, avalia o cofundador da Revelo, Lucas Mendes.

O estudo também aponta que 59,2% das empresas consideram como volta o revezamento entre o home office e o escritório, considerando a vontade de 79% dos talentos de tecnologia que têm o remoto como modelo favorito.

A maioria das organizações respondentes (75%) alegaram ser do segmento de “Tecnologia e suas vertentes”, enquanto 6,6% atuam com a “Informação e Comunicação”. As categorias “Atividades Financeiras, de Seguros e Serviços Relacionados” e “Educação” empataram com 2,6% e “Construção” apareceu timidamente, com 1,3% de representatividade. Quase 12% são empresas que não se encaixavam nas esferas da questão e se declararam de “Outros setores”. Em relação ao tempo de existência, 56,6% das companhias possuem sete anos ou mais, 30,3% de cinco a sete anos, 10,5% de dois a quatro e 2,6% até um ano de atuação.

A taxa de corporações consideradas “Médias” (com até 499 colaboradores) e “Pequenas” (até 99 funcionários) igualou em 38,2%. As “Grandes”, com mais de 500 pessoas, representaram 23,7% das respondentes.

Cerca de 93% das empresas disseram estar trabalhando em modelo remoto. Dessas, 92% têm mais de um ano em home office. Ao avaliar os custos para a organização desde que os colaboradores estão em casa, 51,3% disseram não ter percebido nenhuma diminuição significativa.

Benefícios do homeoffice prevalecem
No levantamento, para entender o porquê da escolha dos profissionais em trabalhar de casa, 71,3% disseram gostar de não perder tempo no trânsito e 54,2% indicaram que poder trabalhar em cidades distantes é um diferencial. Inclusive, 47,5% das pessoas não moram no mesmo município da empresa.  O ambiente presencial, a estrutura e os equipamentos são mais adequados para 39% dos profissionais, mas 78% não gostam das muitas interrupções que acontecem in loco e 74,6% elegem os horários inflexíveis como motivo de incômodo.

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Redação Revista Embarque

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