“Risco de coronavírus dentro da aeronave é muito baixo”, alertam estudos internacionais

Entre 1,2 bilhão de viajantes, a IATA encontrou apenas 44 casos publicados de potencial transmissão a bordo

Por: Viviane Barbosa, Redação Revista Embarque com ABC News - 16 de outubro de 2020

Dois importantes estudos realizados pela indústria da aviação buscam tranquilizar os passageiros que desejam viajar de avião nos próximos meses. Um deles, divulgado na última quinta-feira (15), pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos (United States Department of Defense), em parceria com a companhia aérea United Airlines, revela que o risco de contrair o coronavírus a bordo de uma aeronave é “muito baixo”.

Segundo as empresas, foram realizados 300 testes em pouco mais de seis meses com um manequim (foto) em um avião da United. (foto) O manequim era equipado com um gerador de aerossol que permitia aos técnicos reproduzir a respiração e a tosse. Cada teste liberou 180 milhões de partículas – o equivalente ao número de partículas que seriam produzidas por milhares de tosses.

Eles estudaram a maneira como as partículas do manequim se moviam dentro da cabine com uma máscara ligada e desligada. “99,99% dessas partículas deixaram o interior da aeronave em seis minutos”, disse o diretor de comunicação da United Airlines, Josh Earnest, à ABC News.

“As máscaras impedem a transmissão do vírus, há apenas 0,003% de chance de partículas de um passageiro entrarem na sala de respiração do passageiro que está sentado ao lado. Isso indica que estar a bordo de uma aeronave é um espaço público interno mais seguro, por causa da ventilação e do fluxo de ar”, destaca trecho da pesquisa.

A  United disse à reportagem da ABC News que o número de comissários de voo que contraíram a COVID foram mais baixas do que a população em geral.

IATA

Outro levantamento foi da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês), que informa que “o risco de contrair o vírus em um avião se compara a uma pessoa ser atingida por um raio”.

Entre 1,2 bilhão de viajantes, a IATA encontrou apenas 44 casos publicados de potencial transmissão a bordo.  A maioria desses 44 casos ocorreu nos primeiros dias da pandemia, quando as máscaras não eram obrigatórias.

Nos EUA, as viagens aéreas caíram cerca de 70% em relação ao ano passado, mas houve uma melhora nesta primavera. A Administração de Segurança de Transporte (TSA) informa que nesta semana ( de 12 a 16 de outubro) os aeroportos dos EUA registraram quase um milhão de passageiros – o maior número da  desde meados de março.

“Estamos vendo recuperação, mas temos um longo caminho a percorrer”, disse Earnest. “E mesmo com todas essas informações promissoras sobre a segurança das viagens aéreas e alguns dos avanços que estamos fazendo em termos de implementação de um regime de testes – reconhecemos que não estaremos nem perto de voltar ao normal até que tenhamos uma vacina”.


teste feito pela United Airlines 

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Redação Revista Embarque

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