Estudo da SITA mostra como serão as viagens de avião após a pandemia

A  partir deste mês de junho, entram em vigor as novas medidas da Anvisa para a aviação brasileira.

Por: Viviane Barbosa editora da Revista Embarque - 4 de junho de 2020

Um estudo da SITA, fornecedora líder de Tecnologia da Informação para o setor de transporte aéreo, revela os cenários pós-pandemia para o setor da aviação. (foto: Capa  Estudo)

Depois dos atentados às torres gêmeas, em 11 de setembro em 2001, a aviação comercial passou por mudanças profundas, como por exemplo, maior rigor na fiscalização nos canais de inspeção, tornou-se proibido fumar dentro da aeronave, bem como carregar objetos cortantes.

Agora até a aviação se recuperar dessa crise econômica e de saúde, considerada uma mais graves que o setor atravessa mundialmente, por causa da COVID-19,  a experiência de voar nunca será a mesma.

Dados da SITA de abril de 2020 mostram que o número de voos reduziu em cerca de 80% globalmente e mais de 90% na Europa, em comparação ao  ano passado. As companhias aéreas principais suspenderam suas operações e terminais de aeroportos fecharam.

A IATA (Associação Internacional de Transportes Aéreos) estimou em abril que a perda da receita na região seria de US$ 314 bilhões, uma queda de 55% em relação a 2019. Na primeira metade de 2020, espera-se que até dois milhões de voos serão ou já terão sido cancelados.

No Brasil, atualmente as empresas estão operando com uma malha aérea mínima, que é aproximadamente 90% menor se comparada com o mesmo período de 2019, redução que foi acordada entre as companhias aéreas e o governo.

Estudo

Segundo estudo da SITA, “O novo normal’: O desafio do transporte aéreo pós-COVID-19”, para enfrentar o ‘novo normal’, o setor de transporte aéreo precisará mudar radicalmente a maneira como opera.

A  “saúde” será uma das principais condições para viajar.  Para a entidade, as tecnologias de autoatendimento permitirão o não contato físico, facilitando o fluxo de passageiros, reduzindo filas e,ao mesmo tempo, garantindo uma experiência favorável ao distanciamento social.

“O futuro é móvel. A viagem será através do celular, ou seja, os passageiros passarão pelo aeroporto usando identidades digitais armazenadas no telefone, verificadas com reconhecimento facial, e isso deverá ser simples e seguro”, cita o documento.

Outra tendência será o uso de aplicativos móveis que auxiliarão os passageiros a monitorarem e recuperarem suas malas, que forem perdidas, usando apenas o telefone.

“Isso não só melhorará muito a experiência do passageiro, como reduzirá os custos de manuseio, enquanto, o ‘novo normal’ da COVID-19, mantém os passageiros e funcionários seguros, sem passar tempo em ambientes lotados e de alto risco”, ressalta o estudo da empresa.

Para a SITA, um dos principais desafios para as companhias aéreas nos próximos meses será manter seus funcionários seguros, permitindo uma força de trabalho mais distribuída, incluindo a operação em um ambiente domiciliar.

Confiança

A recuperação da indústria exigirá a reconstrução da confiança entre os participantes e os passageiros do setor, aumentando a eficiência operacional e proporcionando uma viagem segura e agradável para os passageiros em um mundo onde as restrições serão maiores.

“Vemos mudanças na jornada dos passageiros, controles mais rígidos nas fronteiras e demanda das companhias aéreas por maior largura de banda para compartilhar mais dados de maneira segura e tornar as operações de aeroportos e aeronaves mais econômicas. Essa é uma jornada que faremos com nossos clientes de companhias aéreas, aeroportos e governo nos próximos meses”, aponta o documento.

Medidas da Anvisa

A  partir deste mês de junho, entram em vigor as novas medidas da Anvisa (Agência Nacional da Vigilância Sanitária) para a aviação brasileira.

As medidas vêm ao encontro daquilo que o Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC) recomendou para a agência de Segurança da Aviação da União Europeia.

Confira:

Autoatendimento

de máscara, o passageiro faz o check-in e despacha suas malas;

Monitoramento

A temperatura dos viajantes é medida no aeroporto;

Distanciamento

Algumas empresas estão mantendo assentos vazios nos aviões

Refeição

O alimento é entregue na porta da nave, em um saco que servirá de lixo

Banheiro

Para ir ao toilet, os passageiros pedem autorização aos comissários de voo

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Redação Revista Embarque

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