Ataque ao aeroporto de Bruxelas coloca em discussão a segurança nos terminais

As explosões levaram a Alemanha a reforçar a vigilância no Aeroporto de Frankfurt

23 de março de 2016

Uma explosão no aeroporto Zaventem, em Bruxelas (Bélgica), na manhã de terça-feira (22) matou 34 pessoas e feriu cerca de 200, segundo autoridades belgas. O ataque cometido por um suicida atingiu a área de recepção ao público, onde as pessoas se reúnem para fazer o check-in.

Segundo o especialista em segurança na aviação, Julian Bray, todas as pessoas estão sob observação assim que entram no aeroporto. Além de policiais uniformizados e patrulha de segurança à paisana, o local conta com câmeras de vigilância de segurança em tempo real. No entanto, apesar de todo esse aparato, não foi possível deter o ataque. “Se um dispositivo explosivo é embalado em um saco ou em um colete suicida, isso o torna muito difícil de detectar”, comentou Bray.

Brooks Tigner, editor da Segurança da Europa de assuntos da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) afirma que o ataque ao aeroporto força as autoridades da União Europeia a repensar a segurança do local. “Será que as autoridades têm de instalar sistemas de detecção no convés? Ou mover a área de segurança para a sala de recepções públicas? Será que eles vão começar a fazer um check-in de cada vez?”, questiona.

Para Brooks, é necessário repensar um esquema de segurança que não prejudique a eficiência dos serviços nos aeroportos. “Não podemos colocar em cheque a liberdade de circulação das pessoas”, alerta.

As explosões na Bélgica levaram a Alemanha a reforçar a segurança no Aeroporto de Frankfurt.

Aeroporto de Zaventem, em Bruxelas (Bélgica), após o ataque na terça-feira (22)

Aeroporto de Zaventem, em Bruxelas (Bélgica), após o ataque na terça-feira (22)

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Redação Revista Embarque

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