Série da TV Cultura “Último Pouso” aborda empresas da aviação nacional

Esse foi o quarto e último episódio da segunda temporada: A História Vista de Cima.

Por: Redação da Revista Embarque - 21 de novembro de 2023

Imagem: TV Cultura

Foi ao ar no último sábado (18/11), na TV Cultura o quarto e último episódio da segunda temporada de Último Pouso – A História Vista de Cima, série original da emissora.

O capítulo final mostrou as breves histórias de companhias aéreas brasileiras que não duraram, mas que surgiram em momentos importantes da aviação no país.
Um desses momentos foi o chamado pós-guerra, o período que sucedeu a 2ª Guerra Mundial. Inúmeras iniciativas surgiram em todo o Brasil com a compra de aviões excedentes do conflito, em destaque os Douglas DC-3.
Nessa época, várias companhias aéreas nasceram e começaram a operar serviços regionais, ligando pequenas comunidades a algumas capitais estaduais.

Suas autorizações de tráfego, na maioria dos casos, limitavam-se às regiões que serviam. São empresas como Lóide Aéreo, NAB, Nacional, Paraense, Savag, Catarinense, Linhas Aéreas Paulistas, Bahiana, entre outras. Essa febre durou até os anos 1960, e o episódio conta que fim levaram essas empresas, e por que não foram bem-sucedidas.
Três décadas depois, outro fenômeno semelhante surgiu, de empresas aéreas de curta duração. Porém, por causas e constituições distintas. se destacaram ao menos dois tipos: regulares e charters (de fretamento). São empresas como Air Vias, Skyjet, Fly Linhas Aéreas, Via Brasil, BRA Transportes Aéreos, Nacional, Pantanal, Trip, Webjet e Itapemirim, entre outras.
A série encerra a temporada mostrando que, até os dias de hoje, ainda surgem empresas buscando um lugar no mercado. No entanto, muitas não sobrevivem à competição e acabam por não ter outra escolha a não ser realizarem seu último pouso.

 

Episódios anteriores

O primeiro episódio fez um retrospecto da trajetória da TAM, com ênfase nos anos de ouro da companhia. A atração relembrou a figura do comandante Rolim Amaro, seu tino para os negócios, o entusiasmo com que ele interagia com os funcionários da empresa e com os clientes, a visão estratégica e de marketing e as inovações que ele trouxe.
A produção revisitou algumas marcas registradas da companhia, como o Tapete Vermelho, símbolo maior que traduz a forma como o comandante Rolim fazia questão de receber e tratar seus passageiros. Especialistas analisam como uma empresa de transporte aéreo regional conseguiu voar mais alto e ultrapassar as três grandes companhias tradicionais do país.

 

Avianca

O segundo episódio relembrou a origem da companhia Avianca Brasil, iniciada pelos irmãos Germán e José Efromovich. A atração explorou como a empresa cresceu em rotas onde suas concorrentes mais antigas estavam perdendo espaço, conquistando a admiração de muitos passageiros. O empresário boliviano e um dos antigos donos Germán Efromovich conta, em detalhes, o nascimento do negócio.
De forma rápida, o serviço de excelência a levou à quarta posição de maior companhia aérea do país, mas não garantiu os lucros necessários. O capítulo mostrou que a decolagem da Avianca foi tão rápida quanto sua queda.

 

SITAR

O terceiro episódio contou a história do Sistema Integrado de Transporte Aéreo Regional (SITAR).

Criado em novembro de 1975, a SITAR dividiu o país em cinco regiões com o objetivo de desenvolver a aviação regional. As cinco novas empresas, Nordeste, Rio-Sul, Taba, TAM e Votec,atendiam, cada uma, a uma determinada malha de caráter regional, desenhada segundo critérios operacionais pelos idealizadores do sistema.

O enredo tem início em 1975, quando o Governo Federal e as principais empresas aéreas do Brasil reuniram-se para encontrar uma solução para um problema que afetava a cobertura da malha aérea nacional no âmbito regional.
Ao final dos anos 50, 354 cidades brasileiras eram servidas por voos regulares; nos anos 70, esse número tinha despencado para apenas 80 destinos regulares. As localidades mais isoladas foram deixando de ser atendidas por terem infraestrutura precária para operação com os aviões maiores que chegavam ou por serem rotas de custo operacional insustentável.

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Redação Revista Embarque

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